quinta-feira, 17 de abril de 2008

Portinho e Sua Orquestra Escaldante - Fogo Nos Metais 1971

Depois da primeira porrada, quando ainda em estado de recuperação, do além, surge outra. Haja força pra agüentar tanta pancadaria sonora! rsrsrsrs Alguns dias depois, fuçando pelos sebos da redondeza, essa coisinha aí aparece na minha frente, não precisou mais de meio segundo pra eu estar a caminho de casa novamente, não quis nem ouvir na loja, paguei e voei pra casa. Que coisa mais genial!!! Portinho abre o volume com uma versão instrumental de "O Cafona", tema da novela homônima composta pelos irmãos Vale (Marcos e Paulo Sérgio), um samba-rock de primeiríssima!!! Em seguida um samba de Hervé Cordovil, chamado "Pé De Manacá", dois de Antonio Carlos e Jocafi ("Mas Que Doidice" e "Você Abusou"), uma versão apoteótica de "Ai! Que Saudades Da Amélia" e, pra finalizar o Lado A, um pot-pourri com "Foi Um Rio Que Passou Na Minha Vida", de Paulinho Da Viola e "Festa Para Um Rei Negro", de Zuzuca.

O lado B incia com "Tema De Fogo Nos Metais", composição do próprio Portinho. Na sequência vem, "Shirley-Sexy" de Fred Falcão e Arnoldo Medeiros, que é outra das geniais. As demais são: "Odete" de Herivelto Martins e Dunga, "Menina Da Ladeira" de João Só, "Esta Noite Serenou" de Hervé Cordovil e, pra fechar, "Tema Da Gaiola De Ouro", de Alfredo Borba.

Conforme o prometido pesquisei a respeito de Portinho e as únicas informações que consegui recolher são as seguintes:

O nome verdadeiro de Portinho é Antonio Porto Filho, era Clarinetista e Saxofonista, nasceu no Rio Grande Do Sul e pelo que entendi em Porto Alegre, mas essa informação não tenho como provar. Participou nos anos 40 do regional de Claudionor Cruz, nos 50 do regional do Rago e foi uma figura da história do rádio do RJ e SP. Deu aulas na U.L.M. (Univesidade Livre de Música) , em São Paulo em seus últimos anos de atividade. (Tudo isso foram coisas que li na rede)

Pelos discos que encontrei assinados por ele, cheguei a conclusão de que o meio que ele mais transitou foi o da Jovem-Guarda, inclusive existe um álbum dele chamado "Portinho - O Maestro Iê-Iê-Iê" .

Portinho assina arranjos de artistas como Ed Carlos, Cláudia Barroso (é atribuida a ele a descoberta dela), Demétrius, Martinha, Waldick Soriano (que em entrevista disse que Portinho falou que ele tinha que compor uma música sobre cachorro, rsrsrs, logo, Portinho é o avô do "Eu Não Sou Cachorro Não", kkkkkk), aliás, o disco de 1970 de Waldick que ele arranjou é fuderosíssimo!

Além desses, Portinho assina arranjos de alguns discos de Ângela Maria, Paulo Vanzolini e Nelson Gonçalves. Na sua discografia, encontrei um álbum só com composições de Noel Rosa, outro com as de Ary Barroso e, além desses, existe um lançado em 1977 onde ele interpreta só Choros. Num texto que li, o jornalista e músico Luis Nassif escreveu a seguinte frase: "Maestro Portinho (um dos pais do choro moderno)".

Creio que com isso aí deu pra ter uma noção do que o cara foi. É realmente inacreditável esse ostracismo de informação, pra mim chega a ser desrespeitoso. Bom... acho que é isso. Foi o que consegui, se porventura alguém tiver mais informações entre em contato comigo para que eu possa acrescentar aqui.

Divirtam-se!!! Esse disco merece volume máximo!!!!!! Iuhuuuuuuuu!!!! rsrsrs


Para Baixar e Sair Sacundindo: Portinho e Sua Orquestra Escaldante 1971 - Fogo Nos Metais


Postado Por Marcel Cruz

Um comentário:

Chico Cougo disse...

Grande blog!

O maestro Portinho é natural de Rio Grande, município do extremo Sul do Rio Grande do Sul. Chegou a fazer arranjos para Teixeirinha, sendo mesmo o maestro do disco "O Centro-Oeste brasileiro", de 1978.

No início da primeira faixa, Teixeirinha fala a Portinho:

"Alô maestro Portinho, você que é de Rio Grande, tchê, pertinho de Pelotas, segura nossa homenagem ao centro-oeste brasileiro!"

Taí, grande blog!


Aí está o meu:
http://revivendoteixeirinha.wordpress.com