terça-feira, 27 de julho de 2010

Trio Mocotó - Trio Mocotó

Já que por acaso acabamos retornando ao Samba-Rock vou aproveitar para preencher uma lacuna que tem no Sacundin. Estava faltando aqui um disco solo do Trio que é formado pelos, segundo Jorge Ben, criadores da batida do Samba-Rock.

Formado por Fritz Escovão (Voz e cuíca), João Parahiba (Bateria, Timba e voz) e Nereu (Pandeiro e Voz) o Trio Mocotó apareceu pela primeira vez para o grande público em 1969 acompanhando Jorge Ben no IV Festival Internacional Da Canção, aí foi paixão logo na primeira aparição! Ganharam o público de prima. Esse é o segundo álbum deles lançado em 1973, antes dele temos um compacto lançado pelo Jornal O Pasquim em 1970 e um Lp lançado pelo selo Forma (este ainda não consegui com o áudio em uma qualidade boa por isso pulei, assim que conseguir coloco aqui), fora isso tiveram participações em álbuns de Jorge Ben, Chico Buarque, Toquinho, Vinícius e Marilia Medalha.

Lançado pelo selo RGE em 1973 o álbum aqui presente é composto por 12 faixas. Diferente do primeiro em que só constavam releituras no repertório, este chega com 4 composições assinadas por integrantes do trio a começar por "Desapareça" tema suingadíssimo de Fritz Escovão que assina mas dois dos temas: "Não vá embora" e "Desculpe". O último tema 'original' é de Nereu: "Swinga Sambaby", essa foi regravada em 2001 no disco de retorno do Trio, retorno porque eles gravaram outro disco em 1975 e só foram gravar novamente 26 anos depois com a redescoberta do grupo.

Completam o volume composições de autores como Carlinhos Vergueiro (Nó na Garganta), Mutinho e Itiberê ("Vem Cá" e "Tô Por Fora Da Jogada"), Roberto e Erasmo Carlos (Samba da Preguiça) e entre outros não poderia faltar Jorge Ben (Palomaris). A faixa que fecha o álbum é um tema instrumental famoso de Burt Bacharach: "Raindrops Keep Falling on My Head" que na versão do Trio recebeu o nome de "Gotas De Chuva Na Minha Cuíca", Fritz faz a cuíquinha chorar nessa releitura genial do tema.

Além do Trio participam do álbum outros músicos. São eles: Amilson Godoy (Piano), Olmir Stockler (Guitarra), Itiberê Zwarg (Baixo), Ricardo Canto (Baixo) e Bira (Percussão). A empreitada contou ainda com 4 arranjadores: Rogério Duprat, Waldomiro Lemke, Sérgio Carvalho e João Carlos Pegoraro. É uma pena não ter a especificação de quem arranjou o que, mas tenho quase certeza de que o arranjo de "Nó Na Garganta" é de Duprat.

A capa foi desenhada por Albery, o mesmo que fez a capa do Jorge de 1969. Acho que é isso... então...

"Swinga sambaby swinga!!!!"

PS* Ah!!! Achei um especial que eles gravaram na TV Cultura em 1971, bem na época do lançamento do primeiro disco, ali já aparecem algumas músicas que foram gravadas nesse segundo álbum aqui, se tiverem com tempo vale muito a pena ver, os links estão na seqüência. Agora sim!...

"Swinga sambaby swinga!!!!" rsrs



Para Baixar e Sair sacundindo: Trio Mocotó - 1973 - Trio Mocotó


Para Saber Mais: Bio 1 - Bio 2 - Bio 3 - MySpace


Para Assistir e Sacundir: Especial TV Cultura 1971 - Parte 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - Final


Postado Por Marcel Cruz

terça-feira, 20 de julho de 2010

Daniel Salinas - Paz Amor e... Samba

Versatilidade! Analisando o conjunto da obra talvez seja essa a palavra que melhor traduza Daniel Salinas, sim, ele é realmente O CARA! Através do Sacundin consegui entrar em contato com pessoas próximas dele, que me forneceram informações interessantíssimas, e estou prestes a falar com o figurinha pessoalmente! Que honra a minha!

Salinas não é pseudônimo de Sergio Sá, Salinas é ele mesmo e sempre o foi, fosse o trabalho que fosse nunca usou o artifício do codinome, assinou tudo o que fez, e olha meus queridos que o homem fez coisas hein!

Coincidentemente hoje 20 de Julho ele está completando 75 anos! Dos quais praticamente 65 dedicados a música. Salinas é fruto de famíla de músicos, pai, mãe e irmãos que dominavam a arte musical, ou seja, não teria como Daniel escapar, e que bom que não escapou! Ao longo desses anos Daniel arranjou mais de mil obras musicais, não tenho esses dados exatos mas pelo pelo seu histórico discográfico a coisa deve estar por aí mesmo (ou pode ser bem mais).

O álbum que trago agora foi lançado em 1972 pela Copacabana, selo que tinha em seu casting artistas de primeira como Elizeth Cardoso e o também maestro Portinho, só para citar alguns. Aproveito para deixar aqui meus agradecimentos para o blog Toque Musical (foi dele que baixei e estou re-postando aqui para vocês).

Bom, ainda não tenho a ficha técnica do álbum, pretendo consegui-la na conversa que terei com o Maestro. De mais a mais o álbum é composto por 12 releituras de temas que se tornaram ou já eram clássicos na época. O álbum como um todo tem um caráter bem samba-rock, rítmo em voga naquele período.

A faixa de abertura é uma composição de Jorge Ben que havia sido gravada um ano antes pelos Originais do Samba: "Tenha Fé, Que Amanhã Um Lindo Dia Vai Nascer", o que segue é um rosário de clássicos que só ouvindo pra ter idéia. Outras que merecem destaque são: "A morte do Amor" de Antonio Carlos e Jocafi, o sambafoxé "Implorar" de Kid Pepe, Augusto e Gaspar e, a clássica: "A Saudade Mata a Gente", de João de Barro e Antonio Almeida que Salinas transformou num funk cheio de sacundin!

Ah! Prestem bem atenção em todas as introduções compostas por Salinas, uma mais genial que a outra. Então é isso, chega desse meu papinho e vambora ouvir essa pérola genialzinha!


"Fica aqui os parabéns do Sacundinbenblog para o incomparável Maestro Daniel Salinas! Vida longa e muita saúde maestro!!!" Abração!!! E obrigado por todo esse som!!!




Para Baixar e Sair Sacundindo: Daniel Salinas - 1972 - Paz, Amor e... Samba


Postado Por Marcel Cruz

PS* Queridos leitores espero atualizar esse texto em breve! Fiquem atentos (Abração, fui!) rs.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Téo Azevedo - Grito Selvagem

É isso aí! Estou de volta, e chegando com tudo! rsrs.

Dando continuidade aos garimpos musicais a procura de trabalhos do maestro Salinas, que foi foco da nossa postagem anterior, me deparei com essa obra genial.

"Grito Selvagem": álbum de estréia de Téo Azevedo, que conta com a assinatura do enigmático maestro em todos os arranjos e... rapeizes!... Que pancadaria! Samba-Rock de primeira!!! Aliás samba-rockafoxéfunkbaião tudo muito bem misturado, a parada é repleta de sacundin!

São 10 faixas, uma melhor que a outra e entre elas apenas uma releitura: "Mané João" de Roberto e Erasmo Carlos, que ficou bacaníssima, as 9 restantes são todas de Teo e seus parceiros. O lado curioso dessa história é que esse é um disco impar na carreira de Téo Azevedo, pois quem conhece apenas seus discos posteriores nem de longe diria que esse álbum foi feito por ele, pouco tem a ver com o que veio depois. Sinceramente lamento muito, a pegada que tem nesse disco é genial! Talvez isso deva-se ao fato de termos Salinas na empreitada. Salinas além de assinar os arranjos também participa como músico. Outra participação especial é a do Evandro e seu Regional. Na ficha técnica vemos alguns nomes que também figuram no álbum de Salinas.

Eu ia destacar uma ou outra faixa mas, além da preguiça (rsrs), seria injusto o disco é realmente muito foda, vale a pena de cabo a rabo. Então é isso, chega de enrolação! Salve Téo e salve Salinas!!!! Uhullll!!!!


"...Vá pentear macaco que eu não gosto de puxa-sa-a-co..."

Excelente! rsrsrs




Para Baixar e Sair Sacundindo: Téo Azevedo - 1974 - Grito Selvagem


Para Saber Mais: Biografia 1 - Biografia 2


Postado Por Marcel Cruz