sábado, 23 de janeiro de 2010

Tom Jobim - Matita Perê

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Foi a poucos anos que estava lendo uma entrevista do pianista Benjamim Taubkin e ele citou esse disco do Tom Jobim, especificamente a faixa "Crônica Da Casa Assassinada". Eu, que até então só conhecia "Águas De Março" e "Ana Luiza" (faixas integrantes do álbum), fiquei pra lá de curioso para conhecer o volume completo, consegui encontrá-lo e coloquei para rodar...

Só Deus sabe o que senti, que pancadaria! Overdoses de bom gosto a cada faixa, foi vício e paixão instantânea. Me perguntei o porque de não ter tido essa curiosidade antes, mas "tudo tem seu tempo", e "antes tarde do que nunca", é o que os provérbios populares nos ensinam.

O álbum chegou em minhas mãos na hora exata, talvez se estivesse ouvido antes não me pegaria tão forte quanto pegou. São 8 faixas no total, duas delas foram trilha sonora de filmes. "Tempo de Mar" fez parte do documentário homônimo do diretor Pedro de Moraes (tenho pouquíssima informação a respeito deste documentário) e "Crônica Da Casa Assassinada", trilha do filme "A Casa Assassinada", do diretor Paulo César Saraceni. Essa faixa dura cerca de 10 minutos e é um conjunto de 4 canções ('Último Trem Para Codisburgo', 'Chora Coração' - esta com letra de Vinícius de Moraes, 'O Jardim Abandonado' e 'Milagre e Palhaços'), com essa trilha Tom conquistou o prêmio Coruja de Ouro em 1972.

Nos restam ainda 6 faixas, então vamos do início. O álbum abre com "Águas De Março", música que já tinha sido lançada por Tom no primeiro volume do "Disco De Bolso", encarte do jornal semanário 'O Pasquim' em maio de 1972, aliás, a versão original me apetece demais. "Águas de Março" é originalmente um Samba-Rock! Nem Tom Jobim ficou imune ao sacundin e sua breve incursão pelo gênero foi relâmpago, porém, como não poderia deixar de ser, genial!

O álbum segue com "Ana Luiza", uma bela de uma declaração de amor (de desejo ardente) onde o protagonista (Tom no caso) questiona a rejeição a seu amor tão "puro". Grosseiramente falando, pelo que entendi, é a história do lobo mau e chapeuzinho, que insiste em não ser a comidinha dele, rsrsrs, é obrigatório tirar o chapéu para Tom, pois ele faz isso com uma elegância descomunal.

A faixa seguinte é a que deu nome ao álbum: "Matita Perê", parceria com o letrista Paulo César Pinheiro onde ambos mergulham nas lendas do folclore brasileiro, eles resgatam a lenda de "MatintaPereira", ou como foi nomeada a canção "Matita Perê", 7 minutos de puro deleite. A respeito da lenda consegui as seguintes informações:

Em "Vocabulário da Língua Geral" (pág.518), Stradelli diz:

MATINTAPEREIRA - Nome de uma pequena coruja, que se considera agourenta. Quando, a horas mortas da noite, ouvem cantar a mati-taperê, quem a ouve e está dentro de casa, diz logo: Matinta, amanhã podes vir buscar tabaco. "Desgraçado - deixou escrito Max J. Roberto, profundo conhecedor das coisas indígenas - quem na manhã seguinte chega primeiro àquela casa, porque será ele considerado como o mati. A razão é que, segundo a crença indígena, os feiticeiros e pajés se tranformam neste pássaro para se transportarem de um lugar para outro e exercer suas vinganças. Outros acreditam que o mati é uma maaiua, e então o que vai à noite gritando agoureiramente é um velho ou uma velha de uma só perna, que anda aos pulos"

Já em "Geografia dos Mitos Brasileiros", de Câmara Cascudo temos o seguinte verbete:

MATINTAPEREIRA (Mati, mati-taperê;) - A matintapereira é uma modalidade do mito do saci-pererê, na sua forma ornitomórfica. A matintapereira não é, realmente, uma coruja, como pensava Stradelli, mas um cuculida, Tapera naevia, Lin., também conhecido como Sem-Fim e Saci.

"Matita Perê" acaba sendo o início da fase 'folclórico-brasileira' de Tom Jobim. No álbum seguinte ele continua a falar de elementos similares. Fechando o Lado A do álbum temos a já citada "Tempo Do Mar". A única composição presente no disco que não leva a assinatura de Tom é "Mantiqueira Range", tema de Paulo Jobim que abre o Lado B. Em seguida temos "Crônica da Casa Assassinada" e outros dois temas que concluem o álbum: "Rancho Das Nuvens", que me arremete a trilha do filme Central Do Brasil, uma mostra bem clara da fonte onde Antônio Pinto bebeu, e "Nuvens Douradas".

Como bônus acrescentei a versão original de "Águas De Março", que cito ali em cima. A ficha técnica do álbum vou deixar nos link abaixo pois já me alonguei demais no texto, rsrsrs.

É isso aí!!! E também...

"...É pau é pedra é o fim do caminho / É um resto de toco é um pouco sozinho..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Tom Jobim - 1973 - Matita Perê



Para Saber Mais: Ficha Técnica Matita Perê - Curiosidades Sobre Os Arranjos - Bio Tom Jobim



Para Assistir e Sacundir: Matita Perê (Com Milton Nascimento) - Águas De Março (Elis & Tom)



Postado Por Marcel Cruz

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Marcos Valle (Trio Soneca) - Vila Sésamo


Outra tacada de mestre de Marcos Valle foi a trilha sonora do programa infantil Vila Sésamo. Essa é mais uma prova da genialidade do artista, fazer música para criança não é tão fácil quanto parece. Marcos foi perfeito nessa empreitada, executou-a com um enorme carinho e muito esmero.
São 14 canções contidas no volume, todas assinadas pelos irmãos Valle, com exceção de duas: "Alegria Da Vida" tema de abertura do programa, que além dos dois também tem como autor Nelson Motta e "Vila Sésamo", que é de autoria de Guga e Getúlio De Oliveira.
Para esse trabalho Marcos criou o Trio Soneca que era formado por Marcos, João Mello e Suzana Machado. O time de músicos que acompanharam é de primeira grandeza, a começar pelo arranjador de orquestra que foi Waltel Branco, os demais são: Marcos Valle ,que além dos vocais também toca piano acústico e piano elétrico Fender Rhodes, Alex Malheiros no contrabaixo elétrico Rickenbacker 4001, Novelli também no contrabaixo elétrico, Ivan Conti (Mamão) e Nelsinho (os dois) na bateria.
Essa trilha embalou a infância de muita gente, principalmente aquela galerinha que em 1972 ainda eram crianças e que hoje devem estar com seus 45/50 anos. Todas as faixas são excelentes, eu ia destacar algumas mas é muita injustiça, passando rapidinho por elas não consegui escolher só algumas, tem duas que eu gosto menos, mas não vem ao caso mencioná-las.
Logo abaixo estou deixando os links de uns vídeos da Vila Sésamo que encontrei, dois deles tem participação do Marcos Valle tocando os temas da trilha sonora.
Para quem não conhece, chegou a hora de conhecer e, para quem já conhece, será o momento de matar a saudade. Eu quem nem peguei o Sítio Do Pica Pau Amarelo, pois sou de 1981, chapei demais no que pude assistir, as personagens são geniais, os roteiros inteligentíssimos e com um humor tão gostoso que me fez um bem enorme assistir, me vi um mulequinho outra vez, muito bom! rsrs
É isso aí!...
"...Todo dia é dia toda hora é hora de saber que esse mundo é seu..."


Para Baixar e Sair Sacundindo: Marcos Valle (Trio Soneca) - 1974 - Vila Sésamo


Para Saber Mais: Vila Sésamo - Nossa Vila Sésamo


Para Assistir e Sacundir: Abertura - Tema Do Garibaldo - Tema Do Funga Funga - Enio e Beto 1 - Enio e Beto 2 - Enio e Come-Come - Quanto Custa um Abraço? - Felisberto: Casais na berlinda!


Postado Por Marcel Cruz

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Marcos Valle - Garra


Vamos começar o ano mantendo o nível. "Garra", segundo álbum da safra 'blacksambarocksoul' de Marcos e Paulo Sérgio Valle, é composto originalmente por 11 canções, todas assinadas por ambos.
Mais uma vez nos deparamos com arranjos geniais de Geraldo Vespar, Orlando Silveira e do próprio Marcos. O time de músicos participantes também é de cair o queixo: Dom Salvador (Orgão e Cravo), Robertinho Silva (Bateria), Capacete (Baixo), Geraldo Vespar (Violão e Guitarra) e Marcos Valle, que além do vocal também assume o Piano e Violão.
O álbum abre com a crítica, política e 'singela' "Jesus Meu Rei", não temos o crédito do backing vocal, mas pode bem ter sido os Golden Boys. Aliás, isso é uma coisa que senti falta na ficha técnica do disco, o único crédito que temos é para a participação de Marizinha em uma das faixas e que me parece ter participado como backing vocal nas demais. A faixa seguinte é a suingada "Com Mais De 30", o piano e o violão de Marcos estão fabulosos nessa faixa, groovezentos! rs.
A música que segue é a faixa título do álbum, "Garra", ela traz na segunda parte um arranjo de cordas que é a cereja do bolo, ficou excelente, essas duas canções foram também gravadas no mesmo ano por Claudia no disco "Você Claudia, Você".
A quarta música contida no álbum é a excelente "Black Is Beautiful", anteriormente gravada por Elis Regina numa versão para mulheres no álbum "Ela". Aqui temos a versão masculina da canção, o arranjo de Vespar me lembra em alguns momentos 'Rhapsody in Blue' dos irmãos Gershwin, genial!!! Nessa faixa temos ainda a participação de Marizinha dividindo os vocais com Marcos. Seguindo temos a saudosa "Amigo Tom", uma puuuta homenagem para Tom Jobim bem nos moldes Jobinianos e pra fechar o lado A do álbum Marcos escolheu a 'despreocupada' e alegre "Paz e Futebol".
O Lado B começa mantendo o alto astral com "Que Bandeira", canção também gravada no mesmo ano por Evinha, seguindo, "Wanda Vidal", tema da personagem de Dina Sfat na telenovela 'O Homem Que Deve Morrer', exibida pela Rede Globo entre Junho de 1971 e Abril de 1972. A próxima canção que compõe o Lado B é instrumental, "Minha voz virá do sol da América", venceu a IV Olimpíada da Canção de Atenas, Grécia em 1971.
Recheando ainda mais o Lado B temos "26 Anos De Vida Normal" gravada anteriormente por Erasmo Carlos no fuderosíssimo álbum "Carlos, Erasmo...", e que aqui recebeu arranjo de Orlando Silveira. Fechando o volume original "O Cafona", que ganhou um arranjo genial e totalmente black de Marcos, essa composição foi tema de abertura da telenovela homônima exibida também pela rede globo entre março e outubro de 1971.
Como bônus acrescentei "Berenice", música tema da personagem de Renata Sorrah no filme "Lua De Mel e Amendoim", dos diretores Fernando De Barros e Pedro Carlos Rovai, essa faixa foi lançada apenas em compacto.
É isso aí!!!
"...Hoje a noite / amante negro eu vou / enfeitar o meu corpo no teu / eu quero essa dama de côr / uma Deusa, do Congo ou daqui..."


Para Baixar e Sair Sacundindo: Marcos Valle - 1971 - Garra


Para Saber Mais: Bio 1 - Entrevista Com Marcos Valle


Para Assistir e Sacundir: Abertura Da TeleNovela O Cafona


Postado Por Marcel Cruz

domingo, 10 de janeiro de 2010

Agora é Pra Valer

É isso aí! Agora depois de todo esse período de fim de ano, festas e mais festas, apesar de que ainda temos o nosso espetacular Carnaval, estou novamente em casa e a vida já está se encaminhando. Quero desejar a todos um excelente e incomparável 2010 cheio de Sacundin, de muita música boa, saúde e alegrias ao longo desse ano e que esse ano só perca pra 2011 e seus sucessores.

Aproveito para fazer um convite aos residentes em Curitiba ou que estarão de passagem pela minha terrinha nos próximos domingos. A partir de hoje (10/01/10) até uma semana antes do Carnaval (07/02/10) estaremos com o bloco pré-carnavalesco Garibaldis & Sacis saindo a partir das 15/16h no Largo da Ordem em Curitiba, venham e façam a festa com a gente!!! Cada domingo tem um tema diferente para a fantasia, para mais detalhes sobre temas, fantasias e é claro, contribuições estou deixando logo abaixo o link da comunidade do Orkut do Garibaldis, venham à caráter para cair na folia. É isso aí!!!

Abraços e espero todo mundo lá!!!

Marcel Cruz

Sacundinbaldis: Comuna Garibaldis


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Marcos Valle - Marcos Valle


Não meus queridos, a obra dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle não se resume a "Samba de Verão" e tampouco a "Viola Enluarada". Ela vai além, muito além. O primeiro álbum dos irmão Valle, que data de 1963 e os quatro seguintes, possuem um caráter totalmente Bossa Nova. Mas é a partir de 1969, com o álbum "Mustangue Cor de Sangue", que isso passa a tomar outro rumo. Algumas faixas de "Mustang..." mostram o caminho que os irmãos seguiriam dali em diante. No álbum seguinte eles caem de cabeça na cultura black. Funk, soul, samba, rock e mais um milhão de elementos formam a vitamina musical gerada por ambos.
O álbum que temos aqui é o primeiro da safra. Foi lançado em 1970 e conta com dois arranjadores mostruosos que trabalharam de maneira magistral em 5 das faixas. O primeiro é Orlando Silveira que ficou com os arranjos de "Ele e Ela", "Pigmaleão" e "Que eu Canse e Descanse" e o segundo é Leonardo Bruno, responsável por "Dez Leis (Is That Law)" e "Freio Aerodinâmico", os melhores! As quatro restantes foram arranjadas por Marcos Valle e o Som Imaginário, banda de apoio no álbum.
Com um total de 9 faixas, o volume inicia com "Quarentão Simpático", um funk que foi tema da personagem Renatão, da novela "Assim Na Terra Como No Céu". A letra descreve as peculiaridades de Renatão. Em seguida vem o tema mais feliz do álbum, "Ele e Ela", uma valsa apaixonadíssima, dona de uma alegria contagiante e que conta com a participação de Angela Valle nos vocais, boa de se ouvir quando a gente acorda ou esta com alguém que gosta, rsrs.
No terceiro tema do disco é que sentimos a pressão da cultura black encorporada por eles, "Dez Leis" tem todas as influências sintetizadas em geniais 4 minutos e 15 segundos. No arranjo de Leonardo Bruno temos o pianão, o coral com uma veia gospel, a bateria e o baixo bem presentes e tudo muito bem ornamentado com meia-lua, naipe de cordas e naipe de metais, concepção espetacular! É minha preferida no disco e me lembra um pouco "I Am The Black Gold Of The Sun" do The New Rotary Connection, postado anteriormente aqui.
Na sequência outra valsinha chamada "Pigmaleão", essa faixa foi tema de abertura da novela Pigmaleão 70, da então novata Rede Globo de Televisão. Aliás, Marcos e Paulo Sérgio Valle foram figurinhas presentes nas trilhas dessa época ("Véu de Noiva", de 1969, foi o primeiro tema de abertura assinado por eles). A faixa que fecha o lado A é "Que eu canse e descanse", o "pau mole" do álbum, rsrs, faixa pra acalmar os ânimos, cortar os pulsos, chorar, sei lá o quê...rsrs.
Em compensação o lado B abre com a excelente "Esperando o Messias", que conta com a participação dos Golden Boys, um show a parte. Outro destaque dessa faixa é a ocarina tocada por Zé Rodrix que a usou de maneira surpreendente em um arranjo de tirar o chapéu. Está muito bem colocada, fooooooooda demais, e falando em foda demais, a sequência é espetacular.
Em "Freio Aerodinâmico", outra vez Leonardo Bruno faz bonito, parece que estamos em um daqueles filmes policiais setentistas. Plano aberto, uma estrada e um carro a mil. Me lembra aquele 'Dodjão' Challenger de Vanishing Point na estrada. O arranjo de Leonardo me remete um pouco a trilha do Batman de Nelson Riddle. Angela Valle também da sua contribuição nos vocais.
Estamos quase no fim. Agora temos a regravação de "Os Grilos", lançada originalmente em 1967. É muito legal de ouvir ambas as versões e sacar as diferenças gritantes de uma e de outra (a de 1967 que está no arquivo como faixa bônus tem uma veia mais bossa e a de 70 está totalmente samba-rock). A faixa que encerra o volume original é a excelente "Suíte Imaginária", suite composta por 4 'movimentos' e arranjada por Marcos e o Som Imaginário, os movimentos foram batizados como: Canção, Corrente, Toada e Dança. Destaque para o cravo de Wagner Tiso no último movimento. Acho que é isso, divirtam-se!!!
"...São dez leis, são dez leis, são dez as leis mas um só rei..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Marcos Valle - 1970 - Marcos Valle


Para Saber Mais: Discografia Ultra Completa - Biografia 1 - Biografia 2 - MySpace


Para Assistir e Sacundir: Ele e Ela - Os Grilos


Postado Por Marcel Cruz

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Itamar Assumpção - Intercontinental! Quem diria! Era Só o Que Faltava!!!

Bom, retomando os trabalhos do Sacundin vamos concluir o que foi iniciado. Na última postagem de álbum mencionei que fecharia a turma dos malditos com dois nomes, um deles foi o da própria postagem (Arrigo Barnabé) e o outro é o agora presente Itamar Assumpção.

Itamar sempre foi o rei da margem, chegou com tudo em 1980 com seu... "Benedito João dos Santos Silva Beleléu vulgo nego dito, nego dito cascavé!" e partiu com a Leonor deixando o recado do que queria para sua próxima encarnação no "Isso vai dar Repercussão" álbum gravado com Naná Vasconcelos em 2004. Entre início e fim muita coisa aconteceu, fonograficamente falando temos 8 álbuns nesse meio, alguns geniais outros nem tanto mas todos de extremo valor artístico.

Itamar sempre foi o Itamar sempre! Dando uma fuçada na rede encontrei uma entrevista que está no link abaixo, lê-la me fez ficar mais fã do que já era. O cara foi genial! Difícil escolher apenas um álbum para postar, a princípio pensei em um do começo de sua carreira, mas re-ouvindo seus últimos álbuns entrei em parafuso ficando totalmente confuso, rsrs. Então optei por este aí que é do meio! rsrsrs. Até porque foi o álbum que serviu de introdução a Itamar para mim.

A faixa de abertura do álbum já é demais, Itamar foi de uma felicidade ímpar nessa e em outras composições desse volume. "Sutil" possui letra, melodia e arranjo tão bem arquitetados que toda vez que coloco para rodar aciono o "repeat" e a escuto inúmeras vezes. No álbum há vários momentos geniais que só ouvindo pra ter idéia.

Para quem gostar e quiser os demais álbuns de Itamar estou deixando também um link com o arquivo torrent que criei da discografia completa dele, ou seja, os 10 álbuns lançados. Vale a pena! Acho que por hora é isso. Abração!!!


"...
É muita luz pra pouco túnel / É muita areia para o meu caminhãozinho / Meu bem eu morro de ciúmes até do sol Que bronzeia você com carinho..."


Para Baixar e Sair Sacundindo: Itamar Assumpção - 1988 - Intercontinental! Quem Diria! Era Só o Que Faltava!!!


Para Torrentiar e Sacundir: Torrent Discografia Itamar Assumpção


Para Saber Mais: Entrevista - Bio 1 - Bio 2 - Itamar por Mariana Tavares


Para Assistir e Sacundir: Show com Itamar e Isca de Polícia em 1983: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4 - Parte 5


Postado Por Marcel Cruz

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Voltei Amor..."

"...pra dizer que ainda te amo pra dizer que ainda te quero te quero..." rsrs.

É isso mesmo! Apesar de estarmos quase em período de férias eu não poderia deixar de voltar, afinal de contas devo meus sinceros agradecimentos a todos os que compreenderam e que torceram para que eu voltasse logo, meu muitíssimo obrigado pelas mensagens carinhosas que recebi nessa minha ausência "Sacundindica". Bom, o motivo principal do meu sumiço foi meu TCC (Trabalho de conclusão de Curso ou de Graduação como alguns dizem).

O tema do trabalho foi justamente o Sacundinbenblog, ou seja, ausente das postagens mas mergulhado no blog. Como alguns sabem o objetivo inicial da construção do Sacundinbenblog foi justamente o de treinar técnicas de pesquisa e de escrita para minha monografia, porém, o mero exercício acabou virando o tema principal da dita cuja. E o que foi que fiz?

Bom, a monografia é um memorial descritivo sobre essa experiência e também uma abordagem comparativa entre o Sacundin e o Loronix no ano de 2008. Foi você leitor através dos acessos ao Sacundin que possibilitaram a realização desse estudo, meu muitíssimo obrigado pelas contribuições que sem saber vocês me deram.

Como diz o velho ditado: "Antes tarde do que nunca", estou de volta, demorei mas voltei! Aproveito aqui para agradecer publicamente ao incrível Mauro Caldas - figura responsável pelo estupendo Loronix - pela atenção e auxilio que me deu durante esse processo.

No link abaixo (Monografia Sacundinbenblog) o trabalho se encontra disponível para quem quiser saber um pouco sobre essa experiência ou mesmo conhecer mais a fundo o Sacundin. O objetivo da construção foi cumprido, mas e... o blog continua?

Sem dúvida alguma! Sabe Deus até quando, mas seja lá qual for esse tempo agradeço desde já a você leitor que alimenta o Sacundin com seus acessos, comentários, dicas, sugestões, críticas enfim com toda a interatividade que esse meio proporciona para nós. Valeu!!! E como eu sempre digo:

"Vamo que vamo que o som não pode parar!!!

Marcel Cruz

Monografia Sacundinbenblog

Obs* Clicando no link acima você poderá fazer o download, simplesmente visualizar ou fazer ambos, fica a seu critério. Para Download basta clicar no botão "Download PDF Free" que fica na parte superior direita da página que irá abrir. Abração!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ausência


Caros leitores quero e estou a pedir desculpas pela minha ausência, meu quase abandono do Sacundin, mas é que o bicho ta pegando, logo logo estarei de volta. Grato pela compreensão. Abração!

Marcel Cruz

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Contente?


Imagine se não!!! Ontem dia 20 de Outubro o Sacundin atingiu 200.000 acessos!!!!! Massa né? Muito obrigado pela sua visita, são elas que mantém o blog vivo, saibam que é sempre uma honra recebe-los!!!! Valeu mesmo!!! Abração em todos e... Vamo que vamo que o som não pode parar!!!

"Sacundinbenblog: Um Blog Pra Quem Tem Sacundin!!!

Marcel Cruz
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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Arrigo Barnabé - Façanhas

Pra finalizar a série do cantinho dos malditos, trarei mais dois nomes que não podem ficar de fora, ambos surgiram no início dos anos 80 e estão entre os que criaram e fizeram parte do que seria chamado mais tarde de Vanguarda Paulista.

Conheci o trabalho de Arrigo Barnabé da mesma forma que muita gente conheceu, através do estranhíssimo "Clara Crocodilo". Confesso que apesar de ter comprado o disco e ouvido algumas vezes não consegui gostar muito do que ouvi, fui atrás de outras coisas e também não me animaram (coisas que penso hoje ter de reouvir), isso rolou até me deparar com esse disco aqui: "Façanhas", lançado em 1992, chapei! Esse é o Arrigo que eu aprendi a gostar, alguns até falam que esse é o álbum mais normal dele e talvez tenha sido exatamente isso o que me faz gostar tanto, reconheço que Arrigo tem obras consideradas geniais e que devem realmente ser, mas... acho que não são pra mim, o Arrigo que gosto é esse aí do "Façanhas" mesmo, simples e com interpretações excelentes. As personagens encarnadas por Arrigo são sarcásticas, cafajestes, comicas, trágicas, serenas, explosivas, uma gama enorme de estados.

O que mais me surpreende nesse disco é que ao ouvir você identifica inúmeros elementos contidos naqueles álbuns ultrabregas, mas Arrigo consegue usá-los de forma magistral transformando-os e dando, através deles, um ar "cool" pro álbum, peripécias de gênio! Aliás, algumas faixas me lembram muito Leonard Cohen.

Arrigo foi muito feliz na escolha do repertório, ele assina 8 das 14 faixas contidas no volume, outros compositores que aparecem são: Itamar Assumpção, Péricles Cavalcanti, Paulo Braga, Paulo Marques e, entre outros, Mané Silveira e Augusto de Campos.

O disco tem uma unidade perfeita, mas algumas faixas merecem destaque: "Suspeito", "Mal Menor", "Conflito de Geração", "Bom Sujeito" e "Lama", composição de Paulo Marques e Aylce Chaves, que foi sucesso nas voz de Linda Rodrigues, Angela Maria e Dolores Duran na década de 1950, essas faixas são todas muuuuito foda!!! É isso aí, espero que gostem, fui!!!

"...Eu falo sincero com todo respeito, direto na cara sem jogo ou efeito... Eu penso o que penso e acho direito, não transo mentiras eu sou bom sujeito..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Arrigo Barnabé - 1992 - Façanhas


Para Saber Mais: Home page - Biografia - Lama - Conflito De Gerações - Eu não Sabia Que Você Existia - Suspeito


Postado Por Marcel Cruz