É muito louco quando uma banda gringa da qual você é muito fã vem tocar na sua cidade, e o melhor, praticamente no seu quintal, no meu caso específico, a uma distância de no máximo 5 quadras da minha casa. Isso me aconteceu no mês passado e foi muito marcante.
Meio OUT da programação cultural que tava rolando na cidade, uma amiga vem com a notícia: -Nego, você viu que vai ter Hypnotic no Festival 351? Eu: -Hã?!!?? Carááááleo! Onde? Quando? Quanto?
Ao mesmo tempo que fiquei contente pra caráleo, constatei com pesar, que no dia do show eu estaria trabalhando, e o mais complicado, no mesmo horário. Comemoração e desolação simultânea, aquele conformismo complacente e inevitável, não tinha muito o que fazer. Essas coincidências já aconteceram outras vezes, afinal de contas, de maneira geral, músicos quase não vão assistir outros músicos nos finais de semana, aos sábados então nem se fala, as agendas quase sempre se chocam. Outro detalhe que me fez ficar mais de cara ainda: ingressos para o show pela bagatela de R$30!!!! Logo eu que a uns dois ou tres anos quando soube da vinda deles pro PERCPAN no Rio de Janeiro, cogitei em me deslocar até a cidade maravilhosa só pra sentir essa hipnose sonora espancando meu peito, ia perder a parada na minha cidade, no bairro onde moro e por um preço beirando a entrada franca.
Mas ok, já totalmente conformado, na véspera da apresentação um dos jornais local solta a notícia de que o Hypnotic teve problemas com os vistos de entrada no país e que o evento estava sendo adiado para a semana seguinte, e o melhor, seria no Domingo! Era um tanto inacreditável isso ter acontecido. Domingo eu não iria tocar, logo, essa era pra mim e não ia perder por nada nesse mundo (to sendo um pouco exagerado eu diria).
Os excelentes e carismáticos integrantes do Hypnotic Brass Ensemble desembarcaram por aqui dia 24 de Maio, vieram direto de Sampa numa maratona de apresentações, mesmo com a agenda cheia, e nesse corre de ir daqui pra lá e vice versa, os caras chegaram chegando! A energia com que eles seguram a apresentação é contagiante, quem gosta aumenta seu gostar e quem não conhecia passa a admirar. Com o repertório bem escolhido, intercalando temas instrumentais com termas cantados os integrantes mantém a interação com seu público do começo ao fim, quase todos cantam, sendo assim, não da tempo de ficar enjoado desse ou daquele timbre, nada como fazer bom uso do material que se tem em mãos, eles fazem isso com maestria.
Todos os temas são muito bons, mas no momento que você ouve as primeiras notas de "WAR" é muito fácil sair do corpo, por mim já ficaria contente da vida com apenas esse tema, mas foram 10!
As execuções de "Ballick Bone"e "WAR", considero como os pontos altos do show. No final, hora do bis, teve um peito lê lê que esteticamente não era lá muito agradável de apreciar e além disso a dona dos peitinhos estava surtadona. Foi engraçado ver a manobra entre seguranças e banda na negociação para deixa-la no palco, o publico em coro pediu para deixar, ela gesticulava, e com seus peitinhos balançantes dizia para o público: - Eles não querem me deixar... , o percussionista foi mediar com o segurança, a garota ignorou a censura e ficou interagindo com a rapeize dos metais, acabou sendo divertido e tudo acabou bem.
Eu estava no máximo a 3 metros do palco, assisti de camarote e ainda consegui registrar o show inteiro, além da memória física tenho também a digital. Presentaço do Festival 351! Que venham as próximas edições e que imprevistos benignos como este sempre estejam latentes!
Abaixo segue o video de "WAR". Camera tremendo e enquadramento cagado em vários momentos mostram que ficar parado, era coisa impossível de acontecer. Uh te rê rê!!!
Para assistir e Sacundir:
Postado Por Marcel Cruz
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