quarta-feira, 19 de maio de 2010

Edu Lobo - A Música De Edu Lobo Por Edu Lobo

O ano era 1965, não era exatamente uma estréia em disco, porém, foi como se fosse. "A Música de Edu Lobo Por Edu Lobo" é o primeiro álbum de Edu mas sua estréia em disco se deu de fato em 1963 com um EP(Compacto Duplo) que continha 4 composições bem na onda intimista "O amor, o sorriso e a flor" que a Bossa Nova trazia (achei estranho esse registro ser desconsiderado na discografia apresentada pelo site oficial de Edu Lobo). Fazendo um comparativo entre primeiro EP e primeiro LP vemos uma evolução surpreendente nos dois anos que separam ambos. Aqui temos um Edu bem mais maduro e com tendências evolutivas desenfreadas.

A banda de apoio que Edu chamou para o acompanhar foi o Tamba Trio que era encabeçado pelo genial Luis Eça ao piano, vocal e que foi responsável pelos arranjos do álbum, tinha ainda Bebeto Castilho que cantou, tocou baixo e flauta transversal e Rubens O'Hana que também cantou e tocou bateria. A alquimia perfeita que rolou entre Edu e o Tamba Trio ficou notadamente refletida no resultado final.

No volume temos 12 composições de Edu em parceria com Ruy Guerra, Vinícius de Moraes, Lula Freire e Oduvaldo Vianna Filho. Fazem parte desse repertório inicial de Edu as clássicas: "Borandá", "Chegança", "Arrastão" e "Reza". Meu destaque vai para a excelente "Resolução", composição de Edu que figura entre minhas preferidas dentro da obra 'Lobística', outra genial é "Zambi", música estopim para Edu começar a compor com Gianfrancesco Guarnieri a trilha para a peça "Arena Canta Zumbi" que estreou em maio de 1965.

Eu citei essas mas na real todo o álbum é de extremo bom gosto e da pra ouvir 'de cabo a rabo' sem se cansar, então é isso! Vam'borandá...


"... É vou contar o que há, é tempo de dizer quem sou / Se já cansei de lutar agora quero descansar / Tanto eu esperei para vencer e agora vejo que perder nada mais é do que cansar..."





Para Assistir e Sacundir: Borandá - Reza


Postado Por Marcel Cruz

terça-feira, 11 de maio de 2010

Edu Lobo - Sergio Mendes Presents Lobo

É incrível o que Edu Lobo conseguiu realizar em 1970, dois álbuns com várias canções em comum mas que são totalmente distintos entre si. Tudo bem que não foram realizados pelos mesmos produtores, fato a que se deve parte da façanha, mas de qualquer maneira creio que foi a palavra final de Edu que vigorou, e há de se concordar comigo... Quanto bom gosto!!!

Esse foi um álbum pensado para o mercado internacional e é aí que visualizamos o diferencial impresso por Sergio Mendes que assinou a produção da empreitada, tarefa que deve ter sido extremamente prazerosa e, pelo que constatamos nas palavras de Sergio impressa na contra-capa do álbum, gratificante, motivo de orgulho! E não era pra menos, Edu era da linhagem direta precedente de Tom Jobim, Baden Powell e afins. Aliás, uma coisa que não sei se esta seria a postagem ideal de se comentar, mas que mesmo assim o farei: a meu ver Edu Lobo é junto com Moacir Santos e Baden precursor e também criador dos Afro-Sambas um gênero que ficou diluído no movimento Bossa Nova mas que é bem distinto e genialíssimo, esse é um fato que não vejo ninguém comentar. Mas voltando...

Esse álbum como o postado anteriormente foi gravado em Los Angeles CA em 1970, esse especificamente em Julho daquele ano. Com produção de Sergio Mendes o álbum também contou com instrumentistas do mais alto calibre. Lá estavam novamente o trio Hermeto Pascoal - Piano, Piano Eletrico - Flauta, Airto Moreira - Percussão e Cláudio Slon - Bateria, músicos que gravaram o "Cantiga De Longe", e mais Oscar Castro Neves junto com Edu nos violões/guitarras, Sergio Mendes assumiu junto com Hermeto o Piano e além disso tudo ainda temos um quarteto de cordas, um fagotista (Norman Herzberg) e o vocal de Gracinha Leporace em algumas das faixas. Quer mais? Bom, Edu, Sergio e Hermeto assinam os arranjos, nos três nomes temos a tag de "co-arranger".

O volume é composto por 9 faixas, quase todas escolhidas a dedo, dando um breve panorama da produção de Edu entre 1966 e 1970. Sete delas de autoria de Edu e seus parceiros, uma de Hermeto e a última, totalmente desnecessária a meu ver, é uma releitura de Lennon e McCartney.

A abertura do álbum ficou por conta de "Zanzibar", com um arranjo menos cru que o original, aqui Edu é acompanhado por Gracinha Leporace nos vocais, na mesma linha Edu segue com "Ponteio", música de Edu e Capinam que até então só havia sido lançada em compacto e no álbum do III Festival Da Record, a versão que temos aqui também tem a participação de Gracinha Leporace nos vocais. Fica bem evidente o direcionamento que deram para a concepção dos arranjos se fizermos a comparação com as versões originais, moldaram tudo de maneira magistral para atingir outro mercado. Seguindo temos ainda no Lado A: "Even Now", versão em inglês feita por Paula Stone para "Cantiga De Longe" e "Crystal Illusions" versão em inglês de Lani Hall para "Memórias de Marta Saré".

O Lado B inicia com uma versão excelente de "Casa Forte" seguida de outra parceria de Edu e Capinam lançada originalmente em 1967: "Jangada". Na sequência temos uma composição de Hermeto Pascoal chamada "Sharp Tongue" e mais uma versão em inglês de outra composição que se tornou clássica de Edu e Torquato Neto: "To Say Goodbye", a nossa "Pra Dizer Adeus", a adaptação para o inglês foi obra de Lani Hall. Pra mim o álbum deveria ter acabado aqui, mas não acaba.

Não sei se foi pra encher linguiça, ou por estratégia mercadológica, ou pressão da gravadora, ou sei lá o que, enfim, a última faixa do álbum é uma versão de "Hey Jude", eu particularmente acho essa música uma grande porcaria, rsrs, não sei se é por causa do Roupa Nova ou porque não gosto mesmo, apesar que o arranjo ficou legal, mas puta que o pariu! Tanta música legal dos Beatles pra fazer versão e eles escolhem logo essa! Pior que isso só Ob-la-di Ob-la-dá, rsrsrsrs. Mas tudo bem o resto é realmente genial!!!!

Espero que gostem!!!


"...Ob-la-di Ob-la-dá..." Ooops! "...Era um era dois era cem, Era o mundo chegando e ninguém..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Edu Lobo - 1970 - Sergio Mendes Presents Lobo


Para Saber Mais: Álbum Release


Para Assistir e Sacundir: III Festival da Record - Ponteio


Postado Por Marcel Cruz

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Edu Lobo - Cantiga De Longe


É claro que eu conhecia a obra de Edu Lobo, afinal de contas o cara é um ícone da música brasileira, quando adolescente comprei alguns de seus primeiros álbuns em vinil, mas na época foi apenas mais um nome na minha discoteca. Lembro que quando trabalhei na Rádio Educativa uma das vinhetas de abertura do programa da tarde tinha "Zanzibar" como música de fundo e "Ponteio" também era vinheta de abertura de um programa homônimo.
Bom, várias outras canções de Edu me rodeavam com frequência e eu nem "tchum". Lembro que a primeira música de Edu que me chamou bastante atenção foi "Resolução", canção que faz parte de seu segundo álbum "A Música De Edu Lobo Por Edu Lobo" de 1965, inclusive foi ela que me impulsionou a comprá-lo.
Algum tempo depois parei para ouvir Edu com calma e fiquei extremamente feliz com minha redescoberta. Três álbuns de Edu me deixaram realmente chapado e com aquela sensação de estar fora de órbita: "A Música De Edu Lobo Por Edu Lobo", "Sergio Mendes Presents Lobo" e "Cantiga De Longe". Hoje falarei de: "Cantiga De Longe" lançado em 1970.
O álbum aqui presente foi produzido por Aloisio De Oliveira, gravado em Los Angeles, conta com arranjos de Hermeto Pascoal e Edu Lobo e o lançamento no Brasil saiu pela gravadora Elenco. O time de músicos, como não poderia deixar de ser, é excelente. Existem boatos de que é um disco de Edu Lobo com o Quarteto Novo, essa informação é falsa, existe sim a participação de dois do integrantes mas não do Quarteto completo pois o mesmo havia se desfeito um ano antes, 1969. Participam do álbum: Hermeto Pascoal ex-Quarteto Novo, que além de tocar flauta e piano assina os arranjos, Airto Moreira, que era o outro ex-integrante do Quarteto Novo, na percussão, José Marino no baixo, Roberto Slon na bateria, Edu Lobo voz e violão e Wanda Sá que participa da faixa "Aguaverde".
O repertório do álbum é originalmente composto por 11 composições. A edição que vocês irão baixar contém 12 pois acrecentei um bônus. Vamos as composições:
O álbum abre com a genial "Casa Forte", canção originalmente gravada por Elis Regina no ano anterior, mas que aqui ganha sua versão definitiva, o que segue é o "Frevo de Itamaracá/Come e Dorme" faixa que contém dois frevos, um de Edu e outro de Nelson Ferreira. A singela "Mariana, Mariana", faixa seguinte e parceria de Edu e Ruy Guerra, tem uma introdução que pode ter sido precursora da excelente "Beatriz" que Edu comporia em 1983 para o espetáculo e disco do "Grande Circo Místico", pelo menos uma me lembrou a outra.
A segunda releitura do álbum é a marchinha "Zum-Zum" composição de Paulo Soledade e Fernando Lobo, pai de Edu. Seguindo temos a excelente "Aguaverde" que conta com a participação de Wanda Sá nos vocais e fechando o Lado A do álbum temos a faixa título "Cantiga De Longe", uma das melhores composições de Edu com um arranjo ultra moderno, só a introdução dessa faixa vale o disco todo, é uma de minhas preferidas no álbum.
O Lado B abre com outra que adoro, "Na Feira De Santarém", parceria de Edu e Guarnieri, os diálogos contidos no arranjo são geniais, na sequência temos "Zanzibar", Hermeto quebra tudo no improviso final. Outra parceria entre Edu e Guarnieri que aparece no álbum é "Marta e Romão" que juntamente com "Memórias De Marta Saré" fizeram parte da trilha composta para a montagem teatral da peça de Guarnieri. Em seguida temos outra marchinha, "Rancho de ano Novo", as intervenções da flauta de Hermeto dão um toque especialíssimo na canção, fechando o volume temos "Cidade Nova".
Como bônus acrescentei "Memórias de Marta Saré", que ficou entre as finalistas do 4º Festival da Record em 1968. Escutem esse álbum com calma e muita atenção, garanto que vai valer cada segundo.
"...Se troca se vende, quem é que vai comprar, Se troca se vende, quem é que vai levar..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Edu Lobo - 1970 - Cantiga De Longe


Para Saber Mais: Edu Lobo Home


Para assistir e Sacundir: Memórias de Marta Assaré


Postado Por Marcel Cruz

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Antonio Pinto - Abril Despedaçado

Quem segue o Sacundin já sabe da minha adoração pela música de Antonio Pinto, acho esse compositor simplesmente genial e de um bom gosto formidável.

A maior parte de sua discografia são trilhas para cinema, duas já constam nos arquivos do Sacundin, sei que faltam muitas, mas hoje aproveito para preencher um pouco dessa falta com a excepcional trilha de "Abril Despedaçado" filme de Walter Salles estrelado por Rodrigo Santoro, José Dumont e mais uma constelação enorme.

Lançado em 2001 o filme teve uma excelente repercussão mundial ganhando o Leão de Ouro no Festival de Veneza e, entre outras indicações, a indicação ao Globo de Ouro em 2002.

A trilha sonora assinada por Antonio é composta por 11 faixas e teve as participações especialíssimas de Siba (instrumentista cabeça do extinto Mestre Ambrósio) , Ed Côrtes e Beto Villares (convidados recorrentes nos trabalhos de Antonio).

Os nomes das faixas estão vinculados a elementos ou momentos importantes/marcantes do filme e todas se complementam magistralmente. Na terceira parte da entrevista linkada abaixo Antonio discorre sobre a concepção da trilha, genial!

Quem se empolgar corra atrás do filme que também vale muito a pena, fui!



Para Baixar e Sair Sacundindo: Sharebee - Antonio Pinto - 2001 - Abril Despedaçado






Postado Por Marcel Cruz

sábado, 3 de abril de 2010

Philip Glass - Dance Pieces

Há algumas semanas eu estava dando uma geral nos meus discos e me deparei com esse LP, no ato veio um monte de lembranças legais. Esse foi o pimeiro disco do Philip Glass que comprei isso deve ter sido em 1998/1999 mais ou menos. Lembro que junto com este também adquiri mais dois álbuns do mesmo compositor mas que não me agradaram muito na época e re-ouvindo hoje, ainda não agradam.

Philip Glass é talvez o compositor mais POP do gênero minimalista, gênero ao qual Glass não gosta muito de ser enquadrado. A produção de Philip Glass é intensa fato que gerou como consequência uma discografia gigantesca, segundo o que pude constatar em sua homepage cerca de 152 álbuns levam sua alcunha e como era de se esperar nem tudo é de fato bom de se ouvir.

"Dancepieces" é composto por 8 peças. As 5 primeiras faixas (Danças I, II, V, VIII e IX) que compõem o Lado A do elepê fazem parte de um conjunto de danças intitulado "In The Upper Room", coreografado por Twyla Tharp em 1987.

As outras três peças restantes compõem o Lado B do álbum e foram coreografadas por Jerome Robbins. Duas delas, "Rubric" e "Façades", já tinham sido lançadas anteriormente no álbum "Glassworks" de 1982 e a terceira, "Funeral", faz parte de um outro trabalho de Glass, a ópera "Akhnaten", lançada também em 1987. Aqui o conjunto recebeu o nome de Glasspieces.

Esse juntamente com "Glassworks" de 1982, "Passages" de 1990 e "Águas Da Amazônia" de 2006 estão entre meus álbuns preferidos de Philip Glass.




Para Baixar e Sair Sacundindo: Philip Glass - 1982 - Dance Pieces


Para Saber Mais: Glass Homepage - Bio P. Glass


Para Assistir e Sacundir: Dances I e II - Dances V, VI e VII - Dance VIII - Dance IX - Façades


Postado Por Marcel Cruz

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ufaaa!!!! Acho que foi pegadinha! rsrs

Acho que foi alguma coisa temporária, fui dar uma olhada e está tudo certo, eu já tinha subido 20 arquivos rsrsrs.

Me desesperei a toa, na verdade não me desesperei, só tive uma constatação precipitada da situação. De qualquer forma meu muitíssimo obrigado pelas mensagens de apoio e pelos avisos de que já estava tudo em ordem!

Aliás, quero deixar meus agradecimentos pro George que deu a dica de uma opção que achei bem bacana, o link é o que segue:

http://www.multiupload.com/

Ele te da a opção de subir até 10 arquivos simultâneamente os quais estarão disponíveis em 8 hospedeiros distintos. Genial!!! Acho que o SHAREBEE vai dançar rsrsrs. Bom por hora é isso, mais uma vez meus sinceros agradecimentos a todos, valeu mesmo, e como não poderia deixar de dizer...


"Vamo que vamo que o som não pode parar!!!

Marcel Cruz

quarta-feira, 24 de março de 2010

Acho que aconteceu o que eu temia!

Olá meus queridos visitantes (e amigos) do Sacundin! Espero estar redondamente enganado mas ainda a pouco tentei acessar o hospedeiro WWW.SHAREBEE.COM e para minha surpresa o Google não localizou o site, fui dar uma checada nos links e... para minha surpresa o Google não conseguiu acessar nenhum! A mensagem mostrada é a de que a página não pode ser localizada, minha suspeita: Tiraram o SHAREBEE do ar! Ou algo do tipo aconteceu.

Bom todo esse rodeio é para dizer que praticamente todos os links contidos no Sacundin não mais existem (minha escolha pelo SHAREBEE era pela gama de opções que ele fornecia pois de uma só vez ele subia seu arquivo para 4/5 lugares diferentes). Terei de reupar todos os arquivos novamente, desde a primeira postagem! Trampo para caraaaaaaaaaaaaaleo!!!! Me fodi rsrsrsrsrs.

Meu pedido é o seguinte: Sejam pacientes e na medida que precisarem de algum álbum com urgência deixem comentário na postagem para que assim eu priorize os pedidos, ainda não sei qual hospedeiro usarei, acho que vou optar pelo Megaupload mas estou aberto a sugestões, acho que é isso. Apesar dos pesares e dos boicotes indiretos...

Vamo que vamo que o som não pode parar!!!!!!


Marcel Cruz

quarta-feira, 17 de março de 2010

Marcelo Torrone - Piano Works

Depois de ter mencionado esse EP na postagem anterior não poderia privá-los de conhecê-lo.

Piano Works é o primeiro registro fonográfico solo de Marcelo Torrone. Gravado na primavera de 1998 em Curitiba o volume é composto por 6 faixas, todas compostas e interpretadas por Marcelo Torrone, com exceção da sexta faixa, "Pequena Oração Da Meia Morte", que teve participação de Plínio Silva nas flautas e Cláudio Pimentel no violão. Essa composição ganhou letra de Cláudio e faz parte do álbum de estréia da banda curitibana "Plêiade".

Com pouco mais de 15 minutos de duração o EP deixa marcas já na primeira audição, "Som Tardio", faixa que abre o volume, chega dilacerando a alma criando uma atmosfera única que servirá de palco para a faixa seguinte se apresentar: "Minha Intenção Não é Nada Profética, Apenas Gargarejo Murmúrios", é uma montanha-russa com suas variações de andamento e dinâmicas muito bem trabalhadas.

A terceira faixa é a enigmática "Ponha as Mãos e a Cabeça Num Lago Gelado". Um turbilhão de dúvidas nos rodeiam, e as respostas são... ... ... Não há respostas!

Em "Quando as Manhãs Forem De Vidro", Torrone nos leva para um lugar nostalgicamente desconhecido e que é logo ali, não, espere aí, eu conheço esse lugar!... Ou não?

"Moedas de Açúcar", quinta faixa, é tão singela quanto o sono de uma criança, um sonho, um suspiro, um par de asas...

Finalizando o volume temos a já citada "Oração da Meia Morte".

Ah! A arte gráfica do EP para a edição digital foi criação minha. Acho que é isso, estou extremamente contente de proporcionar a vocês o prazer de apreciar esse disco! Espero que gostem tanto quanto eu.


Para Baixar e Sair Sacundindo: Marcelo Torrone - 1998 - Piano Works - Multiupload


Para Saber Mais: MySpace Marcelo Torrone




SacundinMail do Artista / Contato para shows: marcelotorrone@gmail.com + 55 41 9192 3340


Postado Por Marcel Cruz

quarta-feira, 10 de março de 2010

Wandula - Wandula

Se tem coisas boas na vida parte delas, com plena certeza, são as amizades que a gente cria ao longo do trajeto. Os amigos e suas valiosas amizades estão/estarão sempre lá!

Mais legal ainda é quando esses seus amigos são ultra fodões em alguma coisa, porque aí além do apreço da amizade você também é fã e ostenta a amizade com o maior orgulho. Fato que no meu caso é diretamente relacionado a essa turminha aí.

Em outubro ou novembro de 1998, não lembro ao certo, tive a sorte de conhecer o trabalho do pianista e compositor Marcelo Torrone. A pessoa eu já conhecia, mas apenas de cumprimentar ou de papos super rápidos, lembro que na época ele ia viajar e estava se desfazendo de alguns livros, comprei dele o "Mulheres" do Bukowski. Voltando ao som, lembro muito bem do momento em que ouvi "Som Tardio", foi nos estúdios da Rádio Educativa do Paraná e quem me apresentou o disco (um EP que tinha acabado de sair) foi Thaís Aguiar.

Aquele som realmente me pegou e meu contentamento foi maior ainda quando me dei conta de que quem tinha gerado tal composição era aquele figurinha cheio de sardas no rosto de quem eu havia comprado o livro. A partir daí acabei me aproximando mais e no ano seguinte, especificamente em Agosto de 1999, aconteceu o show de estréia de seu grupo o Wandula ("Música Desconhecida, Para Pensamentos Nem Tanto"). O show ocorreu no, temporariamente extinto, auditório Antonio Carlos Kraide, espaço da Fundação Cultural de Curitiba localizado próximo ao terminal do Portão.

Fui nos dois dias! rs

O álbum de estréia, foco dessa postagem, demorou um pouquinho a sair, foi lançado somente em 2002 e com várias participações bem legais. Hoje o grupo é bem maior, mas esse álbum foi gravado tendo como base apenas o trio formado por Marcelo Torrone, Edith Camargo e Cláudio Pimentel, 14 faixas que demonstram, boa parte das influências contidas no grupo, influências extremamente refinadas e ecléticas.

Informações mais aprofundadas a respeito do grupo, da nova formação, contato para shows, agenda e afins vocês encontrarão nos links deixados abaixo, os links de videos são referentes ao disco mais recente (La Recreation) e não ao da postagem.

Agora é colocar pra rodar e se deleitar ao som de Wandula.



Para Baixar e Sair Sacundindo: Wandula - 2002 - Wandula
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Para Saber Mais: Homepage Wandula - MySpace - Entrevista 1 - 2


Para Assistir e Sacundir: Ciclojam - Waiting And Falling + Entrevista - Hors


Postado Por Marcel Cruz

quarta-feira, 3 de março de 2010

Wim Mertens - Skopos

A primeira vez que a música do Belga Wim Mertens me chamou a atenção foi com a trilha sonora do filme brasileiro "Nós que aqui estamos por vós esperamos", do premiado diretor Marcelo Marzagão. Lembro que fui atrás e não encontrei a trilha especificamente mas achei outras coisas dele que não me chamaram a atenção, aliás, contribuiram para desencanar e não mais voltar a procurar por seus trabalhos.

A segunda vez que passei por ele foi logo no comecinho do blog (2007) pois suspeitei que um determinado disco do qual eu possuia apenas o áudio fosse dele, nova decepção com o que ouvi. Resumindo, desisti do figurinha. Semana passada, para minha surpresa, estava na casa de um amigo que trabalha com importações de discos e ele perguntou se eu conhecia Wim Mertens... rsrs.

Descrevi o que já foi dito e ele me alertou que no que diz respeito a discografia, Wim Mertens era mais ou menos como Frank Zappa. Hum?!? Como assim? Ambos precisam de guia para ser ouvido. Explicando melhor: Os caras produziram muitos álbuns dos quais nem todos são realmente bons, agora, se você garimpar vai se deparar com coisas geniais e que sem um pingo de dó vão te espancar te deixando fora de órbita.

Foi exatamente isso que aconteceu comigo ao ouvir "Skopos". Grudou de cara, já nos primeiros minutos eu estava boquiaberto e chapando horrores, rsrsrs. E com o importante detalhe de que não havia absolutamente nada de THC presente no recinto, rs.

A sonoridade do álbum, as combinações de timbres, formações pouco convencionais e composições pra lá de instigantes são alguns dos elementos que contribuem para "Skopos" ser um disco ímpar. Minhas preferidas são: "From Out Of Wich", "Swirling Backwards" e "And Growth Can Be Heard".

Uma coisa que ri pacas ao constatar foi que a melodia de "No Woman No Cry", de Bob Marley, encaixa certinho na faixa "What That One Does", dava até pra fazer um remix, rs.

Só para constar: A discografia de Wim Mertens tem cerca de 58 álbuns! O primeiro foi lançado em 1980, ou seja, praticamente 2 por ano... É coisa hein!



Para Baixar e Sair Sacundindo: Wim Mertens - 2003 - Skopos - Multiupload


Para Saber Mais: Wim Mertens Homepage


Postado Por Marcel Cruz