segunda-feira, 15 de junho de 2015

Hypnotic Brass Ensemble - 2015 - Festival 351 Curitiba



       É muito louco quando uma banda gringa da qual você é muito fã vem tocar na sua cidade, e o melhor, praticamente no seu quintal, no meu caso específico, a uma distância de no máximo 5 quadras da minha casa. Isso me aconteceu no mês passado e foi muito marcante. 
         Meio OUT da programação cultural que tava rolando na cidade, uma amiga vem com a notícia: -Nego, você viu que vai ter Hypnotic no Festival 351? Eu: -Hã?!!?? Carááááleo! Onde? Quando? Quanto?

        Ao mesmo tempo que fiquei contente pra caráleo, constatei com pesar, que no dia do show eu estaria trabalhando, e o mais complicado, no mesmo horário. Comemoração e desolação simultânea, aquele conformismo complacente e inevitável, não tinha muito o que fazer. Essas coincidências já aconteceram outras vezes, afinal de contas, de maneira geral, músicos quase não vão assistir outros músicos nos finais de semana, aos sábados então nem se fala, as agendas quase sempre se chocam. Outro detalhe que me fez ficar mais de cara ainda: ingressos para o show pela bagatela de R$30!!!! Logo eu que a uns dois ou tres anos quando soube da vinda deles pro PERCPAN  no Rio de Janeiro, cogitei em me deslocar até a cidade maravilhosa só pra sentir essa hipnose sonora espancando meu peito, ia perder a parada na minha cidade, no bairro onde moro e por um preço beirando a entrada franca. 
     Mas ok, já totalmente conformado, na véspera da apresentação um dos jornais local solta a notícia de que o Hypnotic teve problemas com os vistos de entrada no país e que o evento estava sendo adiado para a semana seguinte, e o melhor, seria no Domingo! Era um tanto inacreditável isso ter acontecido. Domingo eu não iria tocar, logo, essa era pra mim e não ia perder por nada nesse mundo (to sendo um pouco exagerado eu diria).           

      Os excelentes e carismáticos integrantes do Hypnotic Brass Ensemble desembarcaram por aqui dia 24 de Maio, vieram direto de Sampa numa maratona de apresentações, mesmo com a agenda cheia, e nesse corre de ir daqui pra lá e vice versa, os caras chegaram chegando! A energia com que eles seguram a apresentação é contagiante, quem gosta aumenta seu gostar e quem não conhecia passa a admirar. Com o repertório bem escolhido, intercalando temas instrumentais com termas cantados os integrantes mantém a interação com seu público do começo ao fim, quase todos cantam, sendo assim, não da tempo de ficar enjoado desse ou daquele timbre, nada como fazer bom uso do material que se tem em mãos, eles fazem isso com maestria. 
     Todos os temas são muito bons, mas no momento que você ouve as primeiras notas de "WAR" é muito fácil sair do corpo, por mim já ficaria contente da vida com apenas esse tema, mas foram 10! 
       As execuções de "Ballick Bone"e "WAR", considero como os pontos altos do show. No final, hora do bis, teve um peito lê lê que esteticamente não era lá muito agradável de apreciar e além disso a dona dos peitinhos estava surtadona. Foi engraçado ver a manobra entre seguranças e banda na negociação para deixa-la no palco, o publico em coro pediu para deixar, ela gesticulava, e com seus peitinhos balançantes dizia para o público: - Eles não querem me deixar... , o percussionista foi mediar com o segurança, a garota ignorou a censura e ficou interagindo com a rapeize dos metais, acabou sendo divertido e tudo acabou bem. 
    Eu estava no máximo a 3 metros do palco, assisti de camarote e ainda consegui registrar o show inteiro, além da memória física tenho também a digital. Presentaço do Festival 351! Que venham as próximas edições e que imprevistos benignos como este sempre estejam latentes! 
     Abaixo segue o video de "WAR". Camera tremendo e enquadramento cagado em vários momentos mostram que ficar parado, era coisa impossível de acontecer. Uh te rê rê!!!

Para assistir e Sacundir:


Postado Por Marcel Cruz
        

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Tulipa Ruiz - 2015 - Dancê


     Com composições certeiras e um time de arranjadores do mais alto nível e bom gosto, Tulipa Ruiz coleciona acertos em "Dancê", terceiro álbum da carreira da cantora e compositora, que a cada dia vem cativando e conquistado mais fans. 
    Ao colocar "Dancê" pra rodar é impossível ficar parado, você vai no mínimo bater o pé, é uma pancada atrás da outra em deliciosos 49 quase 50 minutos que duram as 11 faixas que compõem o volume. 
    Além do time base que já a acompanha desde os trabalhos anteriores, temos aqui participações especialíssimas como a do genial João Donato em "Tafetá" e a do lendário Lanny Gordin em "Expirou", de Felipe Cordeiro e Manoel Cordeiro que além da participação também assinam, junto com o casal Ruiz e Luiz Chagas, a autoria de "Virou", e pra fechar com categoria: Metá Metá (Kiko Dinucci, Jussara Marçal e Thiago França) que da um brilho magistral em "Algo Maior".
    O núcleo central de compositores que assinam, praticamente todas, as faixas contidas no álbum é composto pela dupla Tulipa e Gustavo Ruiz, a exceção fica em "Old Boy" que é só de Tulipa. Os demais compositores que aparecem são: Luiz Chagas, os Cordeiros, Caio Lopes e Marcio Arantes que, além de ser o baixista do álbum, também divide os arranjos de metais com Jacques Mathias e Alberto Continentino.  
     O álbum é impecável, mas mesmo todas as faixas sendo excelentes tem algumas, eu diria a maioria nesse caso, que grudam e a gente não se cansa de ouvir. Pra mim as que fizeram isso estão em sequencia: "Reclame", "Expirou", "Jogo do Contente" e "Virou". 
       Por hoje é só amiguinhos! Heheeeeee, rs.

"...Era pra ficar no chão, deu pé decolou...  Era pra ter sido em vão, como é que durou?..."


Para ouvir e Sair Sacundindo: Streaming Tulipa Ruiz - 2015 - Dancê     

Para assistir e Sacundir: Virou   

Para Saber Mais: Homepage Tulipa Ruiz

    


Postado por Marcel Cruz