sábado, 7 de março de 2009

Gal Costa - FA - TAL - Gal a Todo Vapor (Show Gravado Ao Vivo)

De fato um álbum -FA-TAL-, Gal Costa na sua melhor forma. O disco é fruto da turnê do LE-GAL, álbum lançado em 1970. O Lp saiu em versão dupla e contou com a arte gráfica de Luciano e Oscar Ramos que fizeram bonito.

O show teve como diretor musical, arranjador e instrumentista o guitarrista Lanny Gordin. Quem completou o time que apóia Gal foram: Novelli no baixo, Jorginho Gomes na bateria e, na tumbadora, Baixinho. Além desses, em 7 das 19 faixas, temos a participação de Pepeu Gomes também na guitarra.

O repertório do álbum é composto por 19 faixas, 8 regravações e 11 "inéditas" na voz de Gal. Aqui, Gal assume o violão e se acompanha nas 9 primeiras faixas. Apenas voz e violão, na edição em vinil é o Disco 1 inteiro. Durante o curso das faixas Gal comete alguns errinhos que dão um charme todo especial pro disco, como por exemplo na segunda vez que ela canta "Fruta Gogóia", tema do folclore baiano, o violão bate no microfone, ela ri e larga um: "- Acontece...", o público não consegue deixar de rir junto.

A banda entra na metade de "Vapor Barato", nona faixa, e segue até o fim do álbum, no vinil é metade da última faixa do Disco 1 e Disco 2 inteiro. Gal larga o violão e sai da postura Bossa Nova para incorporar a Gal "roquenrou". O repertório segue na mesma direção.

Entre as 10 faixas seguintes temos as composições: "Dê Um Rolê", dos novatos Moraes Moreira e Galvão e "Pérola Negra", música de um compositor que começava a despontar no meio e que, inevitavelmente, faria sucesso: Luiz Melodia. O disco continua num crescendo fenomenal com músicas integrantes do álbum anterior (LE-GAL), que ao vivo ganham ainda mais visceralidade. Gal fecha o volume com "Chuva, Suor e Cerveja", sucesso de Caetano lançado no mesmo período e "Luz Do Sol", composição de Carlos Pinto e Waly Salomão, uma das mais legais do álbum. Acho que é isso...

"...E tudo mais jogo num verso, intitulado Mal Secreto..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Gal Costa - 1971 - FA - TAL - Gal a Todo Vapor (Show Gravado Ao Vivo)


Para Ver e Sair Sacundindo: Mal Secreto - Gal 1970/ 1971


Postado Por Marcel Cruz

3 comentários:

Cia. Trapaça disse...

Tenho esse vinil e peguei o arquivo pra transportar com maior facilidade.
Obrigado.
Israel
iinn@ig.com.br

Anônimo disse...

Oi, marcel

Cara, na verdade é o contrario. O LP 1 começa com a banda Pepeu Gomes na guitarra, que acho que era uma parte dos novos baianos,acho. No segundo Lp no disco 2 Gal então se acompanha ao violão.
No CD eles inverteram as coisas.
Quando você diz nas 10 faixas seguintes temos as composições Dê um rolê etc, então este é o começo do disco 1. A gravadora trocou quando editou em CD.
Agora fico me perguntando se a ordem do show não era assim, primeiro ela com violão e depois rock, talvez não, acho que o violão veio depois, pois a voz ja estava a ponto de bala quando ela começa a se acompanhar com o violão.
Um abraço
Bert

Anônimo disse...

Gal A Todo Vapor estreou em novembro de 1971, virou notícia rápida nas dunas - era gente do píer bolando um show feito para os habitués do local. O espetáculo era dirigido por um dos desbundados mais freqüentes, Wally Salomão. Ou "Sailormoon", como assinava então. Para que a parte roqueira do espetáculo ganhasse um som decente -coisa rara naquele tempo - , o intercâmbio londrino de Gal ajudou muito. "Trouxe um som Marshall de Londres, com duas caixas grandes. Era o melhor som para rock", orgulha-se. Sucesso imediato entre o público jovem.



O show

Com êxito, a Philips logo lançou - Fa-Tal - (Gal A Todo Vapor), álbum duplo trazendo uma reprodução quase fiel do show, no vinil original, a segunda parte, mais pesada, vinha na frente. Na face acústica. Gal acompanhava-se ao violão, sentada num banquinho indígena, numa performance que incluía hits como "Charles Anjo 45" (Jorge Ben), "Coração Vagabundo" (Caetano), sambas antigos como "Antonico" (Ismael Silva) e desaguava em "Vapor Barato", de Macalé e Waly. A música, que se tornaria um hino hippie nativo, estava pronta desde 1967 - e já havía sido gravada no começo de 1971 por Gal num EP. No disquinho (que teve problemas com a censura por causa do verso de "Você não entende nada" de Caetano Veloso: "Eu como você") , a música aparecia numa versão bem mais elétrica e roqueira, com arranjo meio inspirado em "Sympathy for the Devil".
Você estava certo.
inté
Bert