Depois de um longo e tenebroso inverno, eis-me aqui novamente. Mais uma vez peço desculpas pela minha ausência, mas como vocês notaram foi por motivo de força maior, tenho que dar conta somente de uma final pra semana que vem e to safo! rsrs.
Dando continuidade a saga tropicalista do Sacundinbenblog, trago o álbum de estréia de um dos grupos/bandas mais criativos e geniais já formados por aqui. Os Mutantes foram descobertos pelo mestre maior Rogério Duprat que foi o responsável pela inserção do grupo na turma tropicalista. Gilberto Gil simpatizou logo de cara e sem titubear resolveu convidá-los como banda de apoio em seu segundo álbum (postagem anterior), depois veio Caetano, Ronnie Von e mais uma galera querendo uma palhinha deles em seus álbuns.
A primeira vez que ouvi Mutantes, confesso que me causou estranhamento, não foi esse álbum aqui, porém, passada primeira impressão virou febre, é claro que nem toda a obra que leva a assinatura "Mutantes" me agrada, somente os 5 primeiros álbuns me apetecem, os demais não conseguiram me chapar, tenho eles por... sei lá porque os tenho rsrsrs.
Nesse primeiro volume temos um rosário de jóias musicais (que terminho brega que arranjei, não? rsrs), são 11 faixas das quais 5 levam a assinatura dos Mutantes, as demais são releituras, excelentes diga-se de passagem.
Vamos ao conteúdo então:
O Lado A do disco abre com a excelente "Panis Et Circences", música de Caetano e Gil, que aqui ganha uma introdução com a vinheta de abertura do
Reporter Esso:"Testemunha Ocular Da História", importante jornal radiofônico que durou 27 anos e encerrou suas transmissões exatamente em 1968. Em seguida temos "A Minha Menina", composição de Jorge Ben que, com seu violão inconfundível, participou da gravação, essa faixa teve o início sampleado por Chico Science que a utilizou na introdução de "Macô", faixa do visceral "Afrociberdelia". A primeira canção que aparece assinada por eles é a singela "O Relógio", depois temos uma releitura de "Adeus Maria Fulô", composição dos nordestinos Sivuca e Humberto Teixeira, importante parceiro de Luiz Gonzaga. Pra fechar o Lado A temos mais duas composições, a conhecida "Baby", de Caetano Veloso e a engraçadíssima e genial "Senhor F", uma das que mais gosto.
Abrindo o Lado B, temos a regravação de "BatMacumba", de Gil e Caetano, seguindo mais uma releitura: "Le Premier Bonheur Du Jour", dos franceses Jean Renard e Frank Gerald, gravada originalmente em 1963 pela cantora Françoise Hardy acompanhada por Marcel Hendrix Et Son Oschestre. Na sequência a única parceria de Caetano com Os Mutantes: "Trem Fantasma", muuuito foda. Fechando o volume temos "Tempo No Tempo", versão dos Mutantes para "Once Was A Time I Thought", de J.Philips um do mentores do "Mamas & The Papas" e a instrumental/experimental "Ave Gengis Khan".
Bônus! Eeeeeba!!! rsrs É claro que não poderiam faltar. Acrescentei ao arquivo como faixa bônus duas faixas "pré-mutânticas", são faixas gravadas em 1966 pelo grupo "O'Seis", primeiro registro fonográfico em que se tem notícia do trio, são elas: "O Suicida", que a melodia lembra um pouco o "É proibido Fumar" de Roberto e Erasmo Carlos, nessa rola uma citaçãozinha da marcha fúnebre de Frédéric Chopin que da um sabor a mais na comicidade da letra e "Apocalipse", uma baladinha nos moldes de Celly Campelo, que divaga sobre o fim do mundo, engraçadinha, rsrs.
Acho que é isso...
"... Dê um chute no patrão..."
Postado Por Marcel Cruz
Um comentário:
Yeah!!!! O melhor de sua época....mutantes não dá pra cansar de escutar!
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