segunda-feira, 27 de setembro de 2010

The Whitefield Brothers - Earthology

Mais um da safra dos geniais. Oito anos após sua estréia o "Whitefield Brothers" chega com seu segundo álbum demonstrando o alto nivel de maturidade que atingiu. A África toda está presente no volume e, entre outras coisas, são evidentes as influências de músicos como Mulatu Astatke e Fela Kuti. Funk, Afrobeat, Breakbeat, EthioJazz e musica oriental são elementos facilmente percebidos nessa incrível salada musical.

O "Whitefield Brothers" é formado pelos irmãos Max e Jan Weissenfeldt - exatamente o que você esta pensando, sim: alemães! Novamente o suingue germânico surpreendendo - ambos também são integrantes do "The Poets Of Rhythm".

O projeto "Whitefield" começou em 2001 com o álbum "In The Raw", muito bom por sinal, mas numa outra 'vibe', funkeira pura (creio que podem também ser considerados como representantes dessa nova escola do funk). Nesse segundo álbum acontece outra coisa, um híbrido muito bem dosado de tudo aquilo que citei ali em cima, só ouvindo pra ter noção.

É claro que esse povo sempre anda em boa companhia, as participações mantém o nível do álbum lá no alto: Bajka, Quantic e Michels Affair são alguns nomes que aparecem dando suas canjas. Ah! A capa é excelente, não? rs



Para Baixar e Sair Sacundindo: The Whitefield Brothers - 2009 - Earthology


Para Saber Mais: Discogs


Para Assistir e Sacundir: NTU/Safari Strut - Sad Nile


Postado Por Marcel Cruz

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mulatu Astatke & The Heliocentrics - Mulatu Astatke & The Heliocentrics (Inspiration Information Volume 3)

Mulatu Astatke já é figurinha conhecida aqui no Sacundin, sendo assim, a novidade agora fica por conta dos geniais "The Heliocentrics" e do projeto "Information Inspiration" da Strut Records.

Vamos iniciar pelo excelente projeto criado pela Strut Records:

Estreado em Setembro de 2008 o projeto "Information Inspiration" tem como principal característica reunir dois artistas para a gravação de um álbum, uma criação em conjunto. A empreitada ocorre numa espécie de intensivão de criações, concepções de arranjos e mais as gravações, com um prazo médio de uma semana para ser realizado. As escolhas dos artistas vão mais ou menos pelo caminho: "influencias e influenciados", ou seja, é o 'velho' e o novo numa fusão musical que tem dado muito certo em todas as edições. Esse é o terceiro da série e o que mais me agradou até então.

Mulatu, como já é sabido é o pai do EthioJazz e foi redescoberto e apresentado para o grande público em 2005, quando o diretor Jim Jarmuch usou sua música na trilha do filme "Flores Partidas". Era o empurrãozinho que Mulatu precisava para ganhar o mundo, e ganhou com os pés nas costas! Desde então sua obra vem sido não só apreciada como também vem influenciando o som de toda uma geração de novos músicos. Caso claramente constatado em bandas como Budos e Antibalas... Esse fato não quer de maneira alguma dizer que ninguém sabia da existência de Mulatu antes de "Flores Partidas", por favor não entendam isso.

Mas voltando aos influenciados...

Com o 'The Heliocentrics' não deve ter sido diferente, a banda teve sua estreia fonográfica em 2005 com um compacto simples. Mas álbum de estréia mesmo saiu somente em 2007. O encontro com Mulatu deu-se em Abril de 2008 quando foram convidados para acompanha-lo numa apresentação gravada pelo RedBull Music Academy Radio, com apenas um dia de ensaio os integrantes do 'The Heliocentrics' deram conta do recado de maneira surpreendente. O show foi considerado como um dos melhores realizados naquele ano.

Bom, depois de toda a química que rolou entre Mulatu e Heliocentrics nada mais coerente do que a realização de um projeto em conjunto, e foi o que aconteceu, cinco meses depois, em Setembro de 2008, eles estavam entrando em estudio para a realização desse que é sem dúvida alguma um dos melhores álbuns lançados no inicio de 2009.

Com vocês... Mulatu Astatke & The Heliocentrics!










Postado Por Marcel Cruz

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Convite - Aproveite e cadastre seu email ali em cima!

Muito bem... Vocês sabem quem eu sou, mas, salvo raras exceções, o contrário não é verdade. Se você algum dia acessou o blog, gostou e voltou, entre na comunidade, vou achar bem legal de saber quem são as pessoas que me visitam, porém, se a idéia não te agrada sem problemas pode continuar no anonimato rsrsrsrs

Abração se cuidem até... E como eu sempre digo... "Vamo que vamo que o som não pode parar!!!..."


Comunidade no Yorgute: Link Sacundinbenblog Yorgutado


Postado Por Marcel Cruz

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Shake Sauvage - French Soundtracks 1968-1973

Conceber uma coletânea é realmente uma arte!

Poucos tem o tino para acertar do começo ao fim e também de saber a hora de concluí-la de saber a hora de parar. Aqui temos um exemplo da genialidade de saber escolher a música certa e colocá-la na seqüência certa. É um trabalho que envolve muita pesquisa e sensibilidade aguçada. É como criar uma seqüência de discotecagem que será 'imortalizada' no ato da prensagem ou publicação do material.

Nesse projeto especificamente Shake Sauvage mergulhou no cinema francês dos anos 1968/1973 e recuperou obras-primas que estavam no limbo. Coincidentemente ou não parte das mesmas são obras de compositores de grande importância no cenário musical francês como Francis Lai, Philippe Sarde e Georges Garvarentz. Mas a cereja, ou as cerejas do bolo ficam a cargo dos 'grandes' que caíram no anonimato, deles temos peças incríveis como por exemplo: "Sexópolis" de Jean Pierre Mirouze, faixa escolhida para abrir a seleção e que é simplesmente genial! Tentei encontrar outras coisas desse compositor, a procura foi em vão, pois nada mais encontrei.

A seqüência de Shake só contribui para aumentar o deleite do ouvinte, pois é uma melhor que a outra, eletrizantes 17 faixas. Da mesma maneira que com Mirouze, dei uma busca geral nas obras individuais dos nomes que Shake selecionou, em alguns casos tive sucesso em outros nada de expressivo foi encontrado. Depois de toda essa procura cheguei a conclusão de que Shake Sauvage extraiu de fato o supra-sumo do gênero no período e concebeu "A" coletânea, que, creio eu vá ficar um bom tempo no player de vocês.

É isso aí, sejam bem vindos a viagem sonora do cinema underground francês na virada da década de 60! Uhuuullll!!!




Para Baixar e Sair Sacundindo: Shake Sauvage - French Soundtracks 1968-1973


Para Saber Mais: Homepage


Para Assistir e Sacundir: Sexopolis - O.K. Chicago - Le Theme d'Olivier


Postado Por Marcel Cruz

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

The Juju Orchestra - Bossa Nova Is Not a Crime

É moçada 2007 foi realmente o ano do Sacundin! The Juju Orchestra é mais um projeto que teve seu debute (em Long-Play) naquele ano. E que projeto!

A fusão entre dj, instrumentistas e cantores quando bem arquitetada gera coisas incríveis! Caso facilmente percebido na 'Juju'.

Aliado ao bom gosto relacionado a timbragem dos elementos, os integrantes da Juju tiveram a felicidade de escolher muito bem os convidados que participariam do projeto. Estão presentes os cantores Terry Callier e Robert Smith (do The Cure), e as cantoras Carolyn Leonhart e a brasileira Katia B que representa muito bem nossa terrinha, aliás, o que não poderia faltar nessa estréia era um brasileiro, haja visto que eles declaradamente sofreram influências de vários de nossos músicos, fato facilmente constatado já no nome escolhido para o álbum.

O álbum é composto por 8 faixas incríveis. A primeira "This is Not a Tango", traz no nome o aviso de que não é realmente um tango, pois apesar do bandoneon e do pianão fazendo uma linha de baixo característica, a levada da bateria é totalmente Bossa Nova e a percussão tem uma 'vibe' bem caribenha, sacada genial! Em seguida temos a excelente participação de Terry Callier e Carolyn Leonhart em "What Is Hip". A terceira faixa é ...'uma espécie de ritmo latino que não chega a ser realmente Bossa Nova mas algo que se aproxima e que pode até ser confundida com a mesma por ser um tipo de...' rsrs é mais ou menos isso o que diz no sampler que eles puseram na música, o nome da faixa é "Kind of Latyn Rhythm".

Na seqüencia vem "Take Four" e "Do It Again" esta com Carolyn Leonhart e Robert Smith nos vocais.

As demais são: "El Bravo", uma salsa suingadíssima, "Não posso demorar", que conta a participação de Katia B e que em alguns momentos me lembra um pouco a música "Proton, eletron e Neutron" de Marcos e Paulo Sergio Valle gravada em 1968 no álbum 'Viola Enluarada', ambas geniais!

Fechando o volume temos "Funk Nassau", um flerte bem funkeado com o Afrobeat de Fela Kuti, muuuito bom!

Antes que eu me esqueça vamos aos integrantes da Juju Orchestra:

A Juju Orchestra tem seu núcleo base formado por três músicos germânicos: Oliver Belz, Sammy Kilic e Ralf Zitzmann criador e responsável pelo selo Agogo Records, selo que lançou a 'Juju' no mercado. Essa formação se expande quando se apresentam ao vivo chegando a mais ou menos 12 integrantes, (pelo que entendi esse número é variável).

Acho que é isso... Agora é só cair no inacreditável suingue alemão! Vocês irão se surpreender!!! Uhullll!!!