segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Valeeeeeeeeeeeu!!!!!!!!!

Aos que acabaram de chegar, aos que já são de casa, aos que ao longo do ano acompanharam os passos do Sacundin, a todos aqueles que deixaram palavras de carinho e apoio, aos críticos ferozes, rsrsrs, aos amigos que o Sacundin me presenteou e aos que simplesmente passaram, ou seja, a todos que ao longo de 2008 acessaram o SacundinBenBlog desejo pra 2009 toda a felicidade do mundo, muuuuuuita saúde e paz, que pra mim são os principais (tendo isso as demais coisas se conquistam com muito mais facilidade). Além disso, desejo...


Que seja um ano repleto de Sacundin!!!

Meu muitíssimo Obrigado a todos por, de certa forma, me permitirem fazer parte de suas vidas, me sinto lisonjeado por tamanha demonstração de carinho, valeu mesmo! E que venha 2009! rsrs


Marcel Cruz

Sacundinbenblog: Em 2009 com muito mais Sacundin!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Gilberto Gil - Gilberto Gil

1969 foi de fato o ano da psicodelia! Gil, Caetano, Gal e Os Mutantes não deixariam de contribuir para engrossar o caldo. O tropicalismo em si já tinha uma verve de psicodelia, para aderir de fato era só um passo, e, meus caros, nesse álbum sobrou maestria.

Na verdade o teor de psicodelia impresso nesse álbum, deve-se em grande parte a Rogério Duprat, pois Gil, que saía do país para o exílio, teve conhecimento somente das bases de voz e violão que entregara a Duprat antes da partida. Arranjos e direção musical sob a batuta de Duprat com uma mãozinha de Chiquinho de Moraes. Melhor impossível!

Duprat requisitou um time de primeiríssima grandeza. Lanny Gordin ficou responsável pelas guitarras, Wilson Das Neves pela Batera, Chiquinho de Moraes piano, órgão e arranjos de metais e no baixo Sergio Barroso. O álbum ainda conta com uma faixa declamada onde Gil divide o vocal com o poeta e Designer Gráfico Rogério Duarte (criador da capa) ,e é sem dúvida o ponto alto da discografia "Gilbertiana".

O repertório do álbum é formado por "apenas" 9 faixas. É desse disco a clássica "Aquele Abraço", única faixa realmente conhecida do volume. As demais faixas caíram num anonimato profundo, com exceção de "Cérebro Eletrônico", regravada por Marisa Monte no seu "Barulhinho Bom", lançado em 1996 e, "2001", que por ser dos Mutantes é mais conhecida. Bom, nos restam aí mais 6 jóias raras.

O Lado A abre com a já citada "Cérebro Eletrônico", a primeira desconhecida é a excelente "Volks-Volkswagen Blue", que Gil regravaria numa versão em inglês dois anos depois em seu primeiro álbum gringo, depois vem "Aquele Abraço". Em seguida temos "17 léguas e meia", composição gravada originalmente por Luiz Gonzaga, numa versão que é um misto de Funk e Baião, costurado pelos geniais riffs de Lanny Gordin e, fechando o lado A, temos "A Voz Do Vivo", composição de Caetano Veloso, que no ano anterior tinha feito "A Voz Do Morto", aqui outra vez Lanny Gordin rouba a cena.

O Lado B abre com "Vitrines", uma das mais genias composições de Gil, sem falar que a concepção de Duprat pro arranjo foi/é espetacular, sou fanático por essa. A seguinte é " 2001", composição de Tom Zé e Rita Lee, que aqui ganha uma roupagem bem peculiar e nem sequer faz lembrar a versão dos Mutantes, e olha que quem arranjou a dos Mutantes também foi Duprat. Outras duas fecham o volume, a incrível e lisérgica "Futurível" e a ultra-lisérgica "Objeto Semi-Identificado". Lembram que na postagem do "Sgt. Pepers" eu acrescentei uma faixa do "White Album" (Revolution 9) e comentei que ela influenciou o tropicalismo, e que isso apareceria neste álbum? Pois bem, o reflexo de "Revolution 9" é "Objeto Semi-Identificado". MegaUltraPowerExcelente! Composição de Gil, Rogério Duarte e Duprat. Rogério Duprat foi pro além genial nessa.

Como bônus acrescentei mais 3 faixas que não constam na versão original. São elas: "Omã Iaô", lançada como lado B do compacto de "Aquele Abraço" no mesmo ano. Na sequência coloquei uma outra versão de "Aquele Abraço" que tem quase 2 minutos a mais de improviso de Gil no final, e pra fechar o pacote incluí uma faixa que na verdade deveria ter ido no disco anterior dele, "Queremos Guerra", composição de Jorge Ben, que Gil gravou acompanhado por Jorge e Caetano para um álbum de festival em 1968.

Sacundin é o que não falta nesse disco EX-CE-LEN-TE!!! É isso aí!

"...Eu gosto mesmo é de comer com coentro, uma moqueca, uma salada, cultura, feijoada, Eu gosto mesmo é de ficar por dentro, como estive na barriga de Claudina, uma velha baiana cem por cento..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Gilberto Gil - 1969 - Gilberto Gil



Postado Por Marcel Cruz

domingo, 21 de dezembro de 2008

Beat Boys - Beat Boys

Os Beat Boys, apesar da efêmera existência, carrega consigo o troféu de ter sido a primeira banda declaradamente rock'n'roll a se infiltrar nos meios da até então "pura" música popular brasileira. O fato aconteceu através de Caetano Veloso que com sua "Alegria, Alegria", feria os ouvidos mais puristas e punha em êxtase os afoitos por novidade.

Caetano teve o mérito de proporcionar uma fusão de públicos distintos, a partir dali um muro de pré-conceitos começava a ser demolido. Um festival de música brasileira em que um dos maiores destaques acabou sendo uma canção onde predominavam os riffs de guitarra, e além disso, a banda responsável por tamanho "despautério" era formada em sua maioria por argentinos, rsrsrs.

A participação dos Beat Boys no tropicalismo não se resume apenas a "Alegria, Alegria". Foram eles que acompanharam Gal Costa na defesa de "Divino Maravlhoso", terceiro lugar no festival de 68, e Gil na desclassificada e polêmica "Por Uma Questão de Ordem".

Os Beat Boys surgiram em meados da década de 60 junto com o movimento do Iê-Iê-Iê, mas o destaque e "fama" ocorreu mesmo no tropicalismo. Esse álbum é o único que gravaram, além disso temos apenas, a participação deles em dois álbuns do Ronnie Von (o que esta postado ali embaixo e o de 1969), um compacto (que inclui no arquivo como faixa Bônus) e, é claro, as participações citadas acima. O repertório, além de alguns temas originais, é composto por versões de músicas dos Beatles, Lemon Pipers, e também por uma adaptação da "Aria para a 4ª Corda", de J. S. Bach.

Infelizmente não tenho a ficha técnica do álbum, não sei com certeza de quem são os arranjos, mas deve ser da galerinha conhecida: Cozzela, Sandino, Medaglia ou até mesmo Duprat, apesar de não ter muito a cara de Duprat. "Torta De Morangos" passa perto, mas acho que deve ser Cozzela mesmo, aliás, essa é a mais genial do disco, só ela já vale o download. Dos integrantes apenas um é "conhecido": Tony Osanah, nos links abaixo tem mais detalhes.

Outras faixas que merecem destaque: "Era Uma Vez Uma Menina", "Abre, Sou Eu", "Abrigo De Palavras Em Caixas Do Céu", excelente! A instrumental "Pobre Coração", parece que saiu da trilha do "Era Uma Vez No Oeste", de Sergio Leone, rsrs muito boa. Tem algumas bem ruinzinhas, mas no geral passa e passa bem! É isso aí.

Ah! O álbum foi lançado em maio de 1968 pela RCA Victor, ou seja, mais uma lacuna preenchida! Divirtam-se! Fui!



Para Baixar e Sair Sacundindo: Beat Boys - 1968 - Beat Boys


Para Saber Mais: Discografia -
Bio Beat Boys - Bio Tony Osanah



Postado Por Marcel Cruz

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Nara Leão - Nara Leão

Dando uma geral nas postagem de 1968 vi, a tempo, que tinha deixado uma lacuna. Como é que fui esquecer de Nara Leão? A musa da Bossa Nova foi uma das poucas que deu apoio total pra turminha tropicalista e não só apoiou como participou ativamente do movimento. Nara assistiu de camarote, junto com Caetano e companhia, a passeata contra as guitarras, que tinha entre outros artistas Elis Regina defensora fervorosa da "MPB pura", mas que incluiria o "instrumentinho" em quase todos seus álbuns a partir de 69. E pasmem vocês, mas Gilberto Gil também estava na passeata! Irônico isso não? rsrsrs. Na verdade a participação de Gil na passeata foi a contra gosto, reza a lenda que ele só participou por gratidão a Elis Regina que deu maior força pro seu início de carreira. Vai saber? Eu ainda acho que foi pura tiração de onda, rsrs. Genial!!!

Esse álbum, apesar de apenas flertar, é considereado como o disco tropicalista de Nara. Foi todo arranjado por Rogério Duprat e teve lançamento simultâneo com o "Tropicália ou Panis et Circeses", ambos em Agosto de 1968. O repertório é bem interessante, mais voltado pra velha guarda. Da moçada que surgia tem apenas 4 composições. Duas delas de Caetano e Torquato Neto ("Mamãe Coragem" e "Deus Vos Salve Esta Casa Santa"), uma de Caetano e Gil ("Lindonéia") e uma de Chico Buarque e Cecília Meireles ("Tema De "Os Inconfidentes" com a participação do MPB4).

A edição em CD conta com duas faixas bônus que pelo que entendi foram lançadas em compacto no mesmo ano, são elas: "Festa", composição singelíssima de Dori Caymmi e Nelson Mota e "Linha 12" de Juarez De Souza e Antonio Mota que lembra muito Sidney Miller, nessa, Nara divide os vocais com o desconhecido Jorge Neri.

Destaque para a já conhecida "Lindonéia" de Caetano e Gil, "Quem é?", de Custódio Mesquita e Juracy Camargo que no arranjo Duprat faz uma citação de "Amélia", de Ataulfo Alves, "Anoiteceu", de Francis Hime e Vinícius De Moraes, "Infelizmente", de Lamartine Babo e Ary Pavão, "Deus Vos Salve Esta Casa Santa" de Caetano Veloso e Torquato Neto e para todas as demais, rsrsrs.

Esse é um dos álbuns que mais gosto de Nara, da pra ouví-lo horas a fio sem a menor vontade de trocar, os arranjos de Duprat são geniais!

É isso aí lacuna preenchida!



Pra Baixar e Sair Sacundindo: Nara Leão - 1968 - Nara Leão


Para Assistir e Sair Sacundindo: Lindonéia - Festa - Ensaio


Postado Por Marcel Cruz

sábado, 13 de dezembro de 2008

Gal Costa - Gal Costa

Dando o ponta pé inicial nas postagens referentes ao ano de 1969, ano considerado como de encerramento do tropicalismo devido a vários fatores, tendo como o principal a detenção e o exílio de Caetano e Gil, trago o primeiro álbum solo da musa tropicalista: Gal Costa (gastei algumas agulhas ouvindo isso, rsrs).

O álbum foi totalmente produzido em 1968, mas teve lançamento adiado, fato que nos ajuda a compreender o porquê de Gal ter dois álbuns lançados num mesmo ano. Como não poderia deixar de ser, os arranjos são assinados por Rogério Duprat e quatro faixas contam com as participações de Gil ("Sebastiana" e "Namorinho De Portão") e de Caetano ("Que Pena" e "Baby"). Além das figurinhas carimbadas, temos o debute tropicalista de um dos guitarristas mais geniais que tivemos/temos na música brasileira: Lanny Gordin.

O repertório do álbum conta com composições de Gil & Caetano ("Não Identificado", "Lost In The Paradise", "Saudosismo", "Divino, Maravilhoso", "Baby" e "A Coisa Mais Linda Que Existe"), Tom Zé ("Namorinho De Portão") e Jorge Ben ("Que Pena" e "Deus é o Amor"). A novidade fica por conta da inclusão de duas músicas da dupla "Iê-iê-Iê", Roberto e Erasmo Carlos ("Se Você Pensa" e "Vou Recomeçar"), e uma de Rosil Cavalcante ("Sebastiana", gravada originalmente por Jackson Do Pandeiro).

Com "Divino, Maravilhoso", Gal conquistou o terceiro lugar no Festival de 1968, nos links abaixo vocês encontrarão informações mais detalhadas.

É isso aí!!!

"... Não sei porquê razão eu sofro tanto em minha vida, a minha alegria é uma coisa tão fingida, a felicidade já é coisa esquecida... Mas agora vou recomeçar..."



Para Baixar e Sair Sacundindo: Gal Costa - 1969 - Gal Costa


Para Saber Mais: Gal Costa Homepage - Texto Excelente Sobre o Álbum


Para Ver e Sair Sacundindo: Divino, Maravilhoso 1 - Divino, Maravilhoso 2 (Com Gal Maravilhosamente linda rsrs)


Postado Por Marcel Cruz

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ronnie Von - Ronnie Von

Pra fechar as postagens referentes ao ano de 1968, trago um nome que para muitos é um bocado inusitado, pra quem não tá botando fé vou afirmar, é ele mesmo, esse que vocês tão pensando, o "Pequeno Príncipe da Jovem Guarda: Ronnie Von".

Ronnie Von tentou se inserir no âmbito tropicalista mas depois migrou e foi parar no psicodelismo retornando pro breguismo crônico (que é o mais conhecido da sua discografia). Na verdade eu deveria ter colocado esse álbum no começo das postagens tropicalistas, já que foi lançado em 1967 e, vejam vocês, conta com arranjos de Rogério Duprat, participação dos Mutantes em 7 das faixas, Beat Boys e, de quebra, Caetano Veloso divide os vocais em "Pra Chatear". Em seus três álbuns seguintes, Ronnie Von tentou levar em frente essa estética, mas no volume de 1968, apesar de encontrarmos umas pitadas tropicalistas, Ronnie se distancia e migra de fato prum psicodelismo que estava em fase embrionária. Esses já não me agradam muito, o de 68 ainda é uma incógnita: "gósto ou desgósto?" rsrs. Uma coisa é fato, só pelos arranjos de Damiano Cozzela já vale ouví-lo.

Nesse álbum de 1967 tem coisas muito boas, a maioria versões de música gringa, uma ou outra que são temas originais, e coisas que nem Duprat conseguiu salvar. O limite pro bregão/piegas tá por um fio e em alguns momentos, como em "Vamos Falar De Você", ou ainda "Uma Duzia De Rosas" e "Jardim De Infância", arrebenta geral, não tem fio que aguente isso! rsrsrs.

De duas uma: Ou vocês irão gostar bastante e até achar graça de algumas coisas, ou vão abominar de fato, rsrsrs. É baixar pra ver!



Para Baixar e Sair Sacundindo: Ronnie Von - 1967 - Ronnie Von Nº3


Para Saber Mais: Senhor F - Outra Matéria Sobre



Postado Por Marcel Cruz

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tom Zé - Tom Zé

Quem também entrou em cena em 1968, e pela porta da frente, vindo direto de Irará/Salvador foi outro baianinho arretado! Antonio José Santana Martins, que logo ficaria conhecido como Tom Zé.

Tom Zé foi vencedor do IV Festival De Música Popular Brasileira Da Record, que rolou entre Novembro e Dezembro daquele ano, com a música "São, São Paulo". Em Dezembro, aproveitando o embalo, lançou seu primeiro álbum pelo selo Rozemblit, antes disso tinha gravado apenas um compacto em 1965 pela RCA Victor.

Todo arranjado pelos maestros do grupo Música Nova Damiano Cozzela e Sandino Hohagen, o disco é uma loucura das boas, uma viagem, tudo muito bem encaixado e extremamente bem concebido. As letras são espetaculares, cheias de um humor ácido, que nos faz rir mais de nervoso do que por ser engraçada, muuuuuito bom!!! Meu destaque vai para: "Curso Intensivo De Boas Maneiras", veja essa letra:

"...Primeira lição deixar de ser pobre porque é muito feio..." Genial! rsrsrsrs

"Glória", uma espécie de tratado sobre a honra, "Profissão Ladrão", dona de uma letra que deve ter deixado muito neguinho incomodado. "Sem Entrada e Sem Mais Nada", atualíssima e muito engraçada, fechando o volume temos a excelente "Sabor de Burrice", nela encontramos versos que seriam reutilizados em "2001", música que ele compôs no ano seguinte com Os Mutantes, o refrão é impagável:

"... veja que beleza, em diversas cores, veja que beleza, em vários sabores, a burrice está na mesa..." quer coisa mais atual do que isso?

Como bônus acrescentei mais 4 faixas, duas fazem parte daquele compacto lançado em 1965 que comentei ainda a pouco, são elas: "São Benedito" e "Maria Do Colégio Da Bahia", em ambas Tom Zé canta acompanhado apenas de seu violão. As outras duas são versões de uma mesma música: "São, São Paulo".

A primeira versão que temos começa meio melosa, mas em seguida cai numa mistura de Funk com inserções de Baião e Samba, apesar do final desafinado/desencontrado, achei a mais legal de todas, foi lançada como compacto do álbum e carregava em seu lado B "Curso Intensivo De Boas Maneiras", na mesma versão contida no Lp. Pra fechar os extras mais uma versão de "São, São Paulo", essa lançada em compacto com as demais vencedoras do IV Festival, e com uma roupagem mais contida: piano Rhodes e uma guitarra Jazz nas estrofes, acrescida de coro, bateria e metais em ritmo de marcha-rancho nos refrões, ficou muito boa, mas ainda fico com a outra, rsrs.

Hoje em dia os lançamentos de Tom Zé já não me fazem tanto a cabeça, me dão uma impressão de repetitividade que é de trincar os ovinhos. É sempre uma auto-citação, ele fazendo referência a ele mesmo, pode ser que nem todos achem isso, tem coisas legais, é claro, mas no geral me chapam muito rápido, cansam... se você ouvir os primeiros discos (que são ducaralho!!!!!), e os últimos, irá compreender... ou talvez não, rsrs.


Para Baixar e Sair Sacundindo: Tom Zé - 1968 - Tom Zé


Para Saber Mais: Tom Zé Homepage


Para Ver E Sair Sacundindo: São, São Paulo: Festival Da Record - São, São Paulo: Programa TV


Postado Por Marcel Cruz

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caetano Veloso & Os Mutantes - Sacundinbenblog Apresenta

Em Outubro de 1968, no calor do momento, onde tudo estava em estado de ebulição, Caetano Veloso e Os Mutantes (mais Gil e Gal & Cia) iniciaram uma temporada de shows na Boate Sucata,  as apresentações eram praticamente happenings, nem Deus sabia o que poderia acontecer, cada dia uma coisa nova se dava (ver texto linkado abaixo). Para nossa imensa alegria,  momentos dessas apresentações foram gravadas e lançadas num EP com quatro faixas excelentes, são elas: "Baby", que tem a participação de Gil na introdução, "Saudosismo", um puta tributo pra Bossa Nova que ganharia uma versão de Gal Costa no ano seguinte, "A Voz Do Morto", encomendada por Araci De Almeida (ver link abaixo), e, fechando o EP, a genial "Marcianita", dos italianos José Imperatore Marcone e Alvarino Villota Alderete, que pelo que pesquisei só fizeram essa música na vida, não encontrei absolutamente mais nada que leve essa assinatura, a versão em português é de Fernando Cesar.

Um pouco antes, ainda em 68 (15 de Setembro), ocorreu a polêmica apresentação de Caetano e Os Mutantes no III FIC (Festival Internacional Da Canção), em "defesa" de "É proibido proibir", que graças a Deus também foi registrado; digo Deus porque segundo palavras proferidas por Caetano no festival:  "Deus Está Solto!!!", então creio que foi graças a ele mesmo, rsrsrs. O compacto lançado pela Philips tinha de uma lado a versão em estúdio de "É Proibido Proibir" e do outro a gravação ao vivo que levou o nome de "Ambiente De Festival". Como eu gostaria de ter vivenciado aquele momento! Tanta loucura junta e eu só fui nascer 13 anos depois! 

Aproveitando que ia ser uma compilação só de Caetano e Os Mutantes acrescentei ao volume a faixa "Eles", que faz parte do segundo Lp de Caetano (postado ali em baixo) e tem a participação trio.

Acho que é isso. Ah! A capa é mais um "empreendimento" da M&M Design Gráfico, que modéstia a parte ficou muito foda! rsrsrs. Espero que gostem...


"...mas o tiro saiu pela culatra, porque a beleza desta música é a face visível da lua, o mistério das mascaras de chumbo, há muita criptonita no ar, verde e vermelha também... mas Deus está solto!!!..."

   




Postado Por Marcel Cruz